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Corte de imposto de minério na China não reduzirá importação

País também poderá enfrentar uma forte oposição ao plano de reduzir a taxa para mineradores locais

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 09h54.

Xangai/Cingapura - Um corte de impostos proposto pela China para os mineradores de minério de ferro pode levar a preços mais baixos para a matéria-prima do aço, mas isso não deve reduzir as importações feitas pelo maior comprador mundial, uma vez que melhora pouco a competitividade de produtores domésticos.

A China também poderá enfrentar uma forte oposição ao plano de reduzir a taxa para mineradores locais para entre 10 e 15 por cento ante 25 por cento, por conta da potencial perda de receita para os governos locais, disseram autoridades da indústria e analistas.

A China é o maior produtor mundial da matéria-prima, com produção anual de mais de 1 bilhão de toneladas. A baixa qualidade de seu minério de ferro, no entanto, significa que ela depende fortemente de importações.

O país compra cerca de dois terços do minério de ferro negociado globalmente, com a projeção de que as importações deste ano superarem o recorde do ano passado, de 686 milhões de toneladas.

O corte proposto da taxa não fará "nem um milímetro de diferença" nas importações de minério de ferro da China, disse Rory MacDonald, corretor de minério da Freight Investor Services (FIS).

Outros analistas concordaram, dizendo que a medida de reduzir as taxas também não mudaria o status da China como um dos produtores de minério de ferro mais caro do mundo.

"Dado o lugar da China no topo da curva de custo global, reduzir o suporte de custo através de taxas mais baixas vai significar apenas que os preços vão cair, deixando os produtores domésticos na mesma posição de antes das taxas", disse Graeme Train, analista de commodities da Macquarie, em Xangai.

O custo de produção será reduzido em 12 dólares por tonelada no topo da curva caso a taxa seja cortada para 10 por cento, disse Train.

Mineradores chineses, cujas margens têm sido reduzidas pelo aumento dos custos de energia, mão de obra e requisitos ambientais, gastam entre 90 dólares e 130 dólares para produzir uma tonelada de minério de ferro, comparado com entre 30 dólares e 50 dólares por tonelada para grande produtores na Austrália e no Brasil.

"É apenas um gesto retrospectivo do governo para aliviar a carga dos produtores após um ano e meio difícil. Eu não vejo eles repassando isso para os preços, eles vão incorporar a redução potencialmente para ampliar as margens de lucro", disse MacDonald.

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