Economia

Coronavírus: governo nega estudo para novos saques do FGTS

Novo saque imediato poderia dar impulso à economia num momento de disseminação do coronavírus

Dinheiro: governo insiste na aprovação de reformas para combater efeitos da epidemia (Rmcarvalho/Getty Images)

Dinheiro: governo insiste na aprovação de reformas para combater efeitos da epidemia (Rmcarvalho/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2020 às 09h17.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 09h19.

São Paulo — O Ministério da Economia informou nesta sexta-feira que não estuda nenhuma medida de saque imediato das contas do FGTS em meio a notícias de que a investida poderia ser considerada no âmbito das iniciativas para dar impulso à economia num momento de disseminação do coronavírus.

"O Ministério da Economia informa que não está em estudo nenhuma medida de saque-imediato das contas do FGTS", informou a assessoria de imprensa da pasta.

Nesta quinta-feira, governo disse que vai adiantar a primeira parcela do 13º salário de aposentados como forma de injetar dinheiro na economia e beneficiar a população em meio à desacelaração da economia mundial causada pelo coronavírus.

Reação ao coronavírus

Economistas têm divergido sobre a melhor forma de o governo agir para evitar que a pandemia cause grandes problemas à economia brasileira, que não mostra crescimento robusto desde o fim da crise de 2015/2016.

Tanto o FMI quanto o Banco Central Europeu falam na necessidade de fazer estímulos fiscais. Na prática, seriam soluções no quesito das despesas, como fazer investimentos, ou reduzir impostos. O governo brasileiro, no entanto, afirma que não há espaço fiscal no orçamento para isso e insiste nas reformas como forma de abrir espaço no caixa.

A equipe econômica também vê a ampla oferta de crédito no sistema bancário como uma ferramenta que poderia socorrer empresas e pessoas físicas em caso de agravamento da situação econômica.

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