Economia

Coronavírus assombra Europa e atrapalha reunião de cúpula da UE

A economia da Europa enfrenta a pior recessão de todos os tempos após lockdowns no primeiro semestre e o temor sobre a segunda onda de coronavírus

UE: membros do bloco tentam organizar ação conjunta conta a 2ª onda de coronavírus (Vincent Kessler/Reuters)

UE: membros do bloco tentam organizar ação conjunta conta a 2ª onda de coronavírus (Vincent Kessler/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 13h16.

Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 13h54.

O coronavírus interrompeu a cúpula dos líderes da União Europeia, apenas a terceira reunião presencial entre os líderes do bloco desde o início da pandemia, com a presidente-executiva da UE e a primeira-ministra da Finlândia desistindo depois de terem tido contato com pessoas que testaram positivo para a doença.

Um diplomata da UE disse que o encontro desta semana provavelmente será "a última reunião física de líderes da UE por um tempo", já que a segunda onda de Covid-19 traz infecções diárias recordes e força os governos a adotar restrições novamente.

A economia da Europa está na pior recessão de todos os tempos depois que os lockdowns decretrados no primeiro semestre atingiram as viagens e o turismo, e, com os líderes ainda lutando para chegar a um acordo sobre uma abordagem comum para enfrentar a pandemia, as empresas estão novamente preocupadas com seu futuro.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou abruptamente a cúpula de dois dias menos de uma hora depois do começo do encontro na quinta-feira, seguida pela premiê finlandesa, Sanna Marin, nesta sexta-feira.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, também não estava presente, pois se isolara em Varsóvia antes mesmo das negociações, nas quais os líderes usavam máscaras faciais.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse ao chegar a Bruxelas que a cúpula "deveria ser realizada por videoconferência... em vez de uma reunião física".

Os líderes concordaram em realizar videochamadas para coordenar medidas de combate à pandemia entre os 27 países do bloco.

As 27 nações da UE lutaram contra a Covid-19 com medidas diferentes, às vezes contraditórias, nos primeiros meses da pandemia, e muitas vezes entraram em confronto por causa de restrições a viagens ou acesso a suprimentos médicos.

Desde então, eles se comprometeram com a aquisição conjunta de vacinas e concordaram em compartilhar critérios para avaliar a situação em qualquer país específico, de modo que seja mais fácil fazer comparações e travar uma luta comum contra o vírus.

Mas as medidas ainda diferem entre os países, incluindo a duração da quarentena para aqueles que estiveram em contato com pessoas infectadas, que era de 14 dias em todo bloco até algumas semanas atrás, quando alguns países começaram a eliminá-la.

Alguns países da UE determinaram que escolas e universidades voltassem para a aprendizagem à distância, enquanto alguns dizem às pessoas para usarem máscaras, inclusive nas ruas, e outros não. Os níveis de teste também variam amplamente.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto