Economia

Copom se reúne para definir Selic para os próximos 45 dias

Atualmente, a taxa básica está em 11,75% ao ano, após elevações em outubro e dezembro, de 0,25 e 0,5 ponto percentual, respectivamente


	Reunião do Copom: expectativa de representantes do mercado é que a taxa seja elevada em mais 0,5 ponto percentual esta semana
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Reunião do Copom: expectativa de representantes do mercado é que a taxa seja elevada em mais 0,5 ponto percentual esta semana (Gregg Newton/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 08h49.

Brasília - Começa hoje (20) à tarde a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em 2015. O encontro definirá o patamar da Selic, taxa básica de juros da economia, pelos próximos 45 dias.

O anúncio da decisão está previsto para amanhã (21). Atualmente, a taxa básica está em 11,75% ao ano, após elevações em outubro e dezembro, de 0,25 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. 

A expectativa de representantes do mercado ouvidos para a última pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo BC, é que a taxa seja elevada em mais 0,5 ponto percentual esta semana, atingindo 12,25% ao ano. Até o fim de 2015, analistas projetam uma Selic de 12,5% ao ano.

A taxa básica é o principal instrumento da autoridade monetária para controle da inflação. Quando há alta da Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e estimular a poupança. Quando há redução da taxa, o crédito fica barato e há estímulo à produção e ao consumo.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrou 2014 em 6,41%.

O patamar é próximo ao teto da meta estabelecido pela equipe econômica. A meta de inflação é 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais.

Para 2015, a projeção de analistas ouvidos para a Focus é que o IPCA encerre em 6,67%. A previsão foi elevada por três vezes consecutivas. Para o fim de 2016, a estimativas dos investidores é que o IPCA fique em 5,7%.

Em comunicado sobre o fechamento do IPCA em 2014, o presidente do BC, Alexandre Tombini, já admitiu que a inflação “tende a mostrar resistência em curto prazo”. Na ocasião, ele disse que o BC faria o necessário para que ela atingisse o centro da meta em 2016. 

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroEstatísticasIndicadores econômicosBanco CentralJurosSelicCopom

Mais de Economia

Após decisão do TCU, Haddad diz que continuará perseguindo meta fiscal

Senado adia votação de segundo projeto de regulamentação da Reforma Tributária

TCU diz que governo não pode mirar piso da meta fiscal e decisão pode levar a novo congelamento

Senado aprova projeto que cria espaço fiscal para combater impactos do tarifaço