Economia

Copom reduz juros em 0,5 ponto e Selic desce para 14,25% ao ano

Decisão ficou acima do esperado pela média do mercado, que apostava em um corte de 0,25 ponto percentual

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (30/8), cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa baixou de 14,75% ao ano para 14,25%. A redução ficou acima do esperado pela média do mercado, que projetava um recuo de 0,25 ponto.

Em uma curtíssima nota à imprensa, de apenas duas linhas, a autoridade monetária comunicou que "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 14,25% ao ano, sem viés".

Os empresários, porém, criticaram a medida, argumentando que há espaço para cortes mais ousados. "A trajetória de queda da taxa de juros básica, Selic, mais uma vez mantém o seu ritmo tímido e não compromissado com crescimento já", afirmou, em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Figuramos no topo do ranking dos países que têm a maior taxa de juros do mundo. Para sair desta lista negra, temos que reduzir a Selic para um dígito", declarou, também por meio de comunicado à imprensa, Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.

Apesar do corte, o Brasil continua liderando a lista dos países com a maior taxa real de juros. De acordo com a Fiesp, a taxa média real de juros, de janeiro a agosto, foi de 12,4% ao ano. Com o corte anunciado hoje e as expectativas de inflação a partir de setembro, a taxa real baixou para 11,7%. A Turquia, segunda do ranking, apresenta atualmente uma taxa real ao redor de 5% ao ano.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Alckmin diz que trabalha para redução de alíquota do tarifaço para todos os setores

Haddad confirma que governo socorrerá empresas afetadas pelo tarifaço com linhas de crédito

Rui Costa diz que Trump foi 'grosseiro' ao anunciar tarifas sobre produtos brasileiros

Haddad diz que vê maior 'sensibilidade' de autoridades dos EUA para negociar tarifas com o Brasil