Economia

Copom corta 0,25 p.p. da Selic; taxa cai para 7,25%

Decisão não foi unânime, Comitê teve cinco votos pela taxa em 7,25% e três para manutenção em 7,50%


	Reunião do Copom: Comitê manteve ciclo de cortes, mas diminuiu a intensidade
 (Agência Brasil)

Reunião do Copom: Comitê manteve ciclo de cortes, mas diminuiu a intensidade (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 20h22.

São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) deu continuidade ao ciclo de redução da Selic e cortou a taxa em 0,25 ponto percentual na reunião dessa semana, levando a taxa básica de juros a 7,25%. A intensidade do corte é inferior ao 0,50 p.p. das últimas reuniões do Comitê (veja infográfico no fim da página mostrando a evolução dos juros no governo Dilma). Ao contrário do que ocorreu nos últimos encontros, dessa vez a decisão não foi unânime. 

De acordo com o comunicado do BC, "considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".

O Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 7,25% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela manutenção da taxa Selic em 7,50% a.a. Votaram pela redução da taxa Selic para 7,25% o presidente do Comitê, Alexandre Antonio Tombini e os seguintes membros: Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Luiz Awazu Pereira da Silva e Luiz Edson Feltrim. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,50% ao ano: Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo e Sidnei Corrêa Marques.

O corte segue o ciclo de redução da taxa que o Copom iniciou em 31 de agosto de 2011. Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda.

Essa foi a penúltima reunião do Copom desse ano. A última será em novembro, nos dias 27 e 28. Com a taxa de 7,25%, os depósitos em caderneta de poupança feitos após o dia 4 de maio continuam tendo rendimento diferenciado dos antigos.

Expectativas

O último boletim Focus, elaborado pelo BC com base em consultas feitas a instituições financeiras, apontava para a manutenção da taxa em 7,50%. A ata da última reunião do Copom, em 29 de agosto, e o comunicado emitido após o encontro indicavam que novos movimentos de corte deveriam ser conduzidos com “máxima parcimônia”, o que foi visto como um sinal de que o ciclo de cortes poderia ter chegado ao fim. 

Porém, em decorrência das incertezas no cenário internacional e da intensidade da recuperação em curso da atividade econômica doméstica, havia também a expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1