Economia

Cooperativismo de crédito estima crescer 30% em 2011

Setor prevê alcançar R$ 88 bilhões em ativos e já concorre com os bancos convencionais

O Banco Central estabeleu marcos regulatórios para auxiliar as cooperativas (Marcelo Calenda/EXAME.com)

O Banco Central estabeleu marcos regulatórios para auxiliar as cooperativas (Marcelo Calenda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 17h50.

Brasília – Os ativos totais do sistema cooperativo de crédito cresceram 30% no ano passado, em comparação a 2009, e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes Freitas, estima que o setor, este ano, vai manter o ritmo de crescimento. Os ativos das 1.370 sociedades de crédito eram de R$ 52,8 bilhões em 2009 e evoluíram para R$ 68,7 bilhões em 2010, com perspectiva de chegar a R$ 88 bilhões em 2011.

Os números foram revelados na instalação da reunião ordinária do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (Ceco), hoje (4), na sede da OCB, que discute uma agenda de curto e médio prazos para o cooperativismo brasileiro. O encontro conta com a presença de representantes do governo federal, do Poder Legislativo e de instituições parceiras, como Banco Central, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Confederação das Cooperativas Alemãs (DGRV), entre outras.

Márcio Freitas disse que, para o setor alcançar o estágio atual, com 5,1 milhões de associados e ativos crescentes, foi preciso profissionalizar o processo de gestão e de investimentos na governança cooperativa. Para isso, o sistema teve o apoio de parceiros como o BC que, segundo ele, contribuiu diretamente para a definição de marcos regulatórios importantes.

O chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC, Luiz Edson Feltrim, ressaltou que “para crescer é preciso enfrentar, pelo diálogo, os desafios”. No seu entender, esse papel foi bem conduzido pela OCB, pois o sistema de crédito cooperativo já concorre com o Sistema Financeiro Nacional. Feltrim lembrou que, apesar dos bons resultados, “não se pode achar que está tudo bem. É preciso continuar crescendo, e sabemos da importância de nossa participação para o aperfeiçoamento regulatório do setor”.

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