Economia

Contratação acelera nos EUA; taxa de desemprego cai

Desemprego teve queda de 8,3%, menor patamar em quase três anos

Economistas esperavam que a taxa de desemprego se mantivesse em 8,5% (Getty Images)

Economistas esperavam que a taxa de desemprego se mantivesse em 8,5% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 20h10.

Washington - A economia dos Estados Unidos registrou a maior geração de empregos dos últimos nove meses em janeiro e a taxa de desemprego do país caiu a 8,3 por cento, o menor patamar em quase três anos, indicando que o crescimento do último trimestre continuou no começo de 2012.

Foram abertas 243 mil vagas em janeiro, informou o Departamento de Trabalho dos EUA nesta sexta-feira. Foi a maior contratação desde abril, superando as expectativas de economistas para uma adição de apenas 150 mil vagas.

Os economistas também esperavam que a taxa de desemprego se mantivesse em 8,5 por cento. A taxa acumula queda de 0,8 ponto percentual desde agosto.

A melhora dos níveis de emprego foi generalizada, com até os setores de transporte e armazenagem abrindo vagas.

O tom positivo dos dados foi fortalecido, ainda, por revisões dos dados de novembro e dezembro, que mostraram a criação de 60 mil empregos a mais que o calculado inicialmente.

Além disso, os salários médios por hora subiram em quatro centavos, o que pode ajudar a estimular o consumo. O relatório sugeriu que as expectativas de desaceleração do crescimento econômico dos EUA no primeiro trimestre de 2012 ainda não estão tendo impacto sobre as decisões de contratação das empresas.

A melhora continuada do mercado de trabalho pode ser um alívio para o presidente Barack Obama, que enfrenta uma dura campanha de reeleição.

O ainda enorme déficit

Enquanto o setor privado gerou 257 mil postos de trabalho - a maior contratação desde abril -, o governo fechou 14 mil vagas, o maior corte desde setembro.

Apesar da aceleração da contratação nos EUA, não há empregos para três de cada quatro pessoas desempregadas e 19,3 milhões de norte-americanos estão ou sem trabalho ou subempregadas.

Mas ainda há razão para um otimismo cauteloso. A taxa de desemprego declinou por cinco meses seguidos agora, em parte por causa dos trabalhadores desempregados que desistem de procurar emprego, mas também por causa de pessoas que realmente encontram ocupação.


Uma medida mais ampla do desemprego - que inclui pessoas que querem trabalhar, mas pararam de procurar, e aqueles que só trabalham por meio período, mas querem mais trabalho - caiu para 15,1 por cento em janeiro, contra 15,2 por cento em dezembro.

Por setores

O inverno mais ameno deu força para o emprego na construção, que adicionou 21 mil vagas no mês passado, após alta de 31 mil em dezembro. O setor manufatureiro abriu 50 mil postos, o maior aumento em um ano, após alta de 32 mil no mês anterior.

Isso contribuiu para que o setor industrial como um todo registrasse contratação de 81 mil no mês passado, o maior total desde janeiro de 2006.

Os setores de transporte e armazenagem criaram 13.100 empregos, e os empregos nos correios diminuíram apenas em 1.500 vagas, contrariando expectativas de uma queda ampla.

O varejo, por sua vez, adicionou 10.500 posições, após 6.200 em dezembro. As vagas em serviços temporários aumentaram em 20.100, após alta de 8.300 no mês anterior.

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