Economia

Contra crise, mercados praticam preços simbólicos

Lojas ajudam pessoas em dificuldade com produtos baratos


	Supermercado: "mercados sociais" representam uma ajuda anticrise para aquele cujos salários não chegam ao final do mês
 (Getty Images)

Supermercado: "mercados sociais" representam uma ajuda anticrise para aquele cujos salários não chegam ao final do mês (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 21h32.

Roma - Pão, massa, açúcar, óleo, queijos, enlatados, produtos de higiene pessoal e para a casa, comida para bebês, frutas, e verduras, entre outras coisas, a preços simbólicos ou até mesmo de graça para quem demonstra viver com dificuldade.

Isso é o que oferecem os "mercados sociais", que não param de se espalhar pela Europa e representam uma ajuda anticrise para aquele cujos salários não chegam ao final do mês. Tais negócios já somam mais de mil no continente e estão presentes em países como Áustria, Itália, França, Bélgica, Romênia, Luxemburgo, Suíça e Grã Bretanha.

Essas lojas, voltadas para as parcelas mais frágeis da sociedade, são criadas de maneira voluntária e apoiadas por entidades públicas e privadas, que participam fornecendo estrutura, assistência e meios de transporte. As mercadorias, inclusive algumas de alta qualidade, são obtidas por meio de supermercados, atacadistas e grandes redes de distribuição.

Os produtos são todos perfeitamente comestíveis e utilizáveis, mas não podem ser vendidos em comércios normais porque estão perto da data de validade, são sazonais ou possuem pequenos defeitos, como embalagens danificadas ou deformadas.

Os "clientes" podem pegá-los gratuitamente (às vezes se pede em troca algumas horas de trabalho voluntário) ou a preços mínimos. Em média, os valores praticados são cerca de 70% menores do que os regulares. Na Itália, é possível encontrar pacotes de bolacha por menos de 50 centavos de euro (R$ 1,6) ou garrafas de suco a 13 centavos (R$ 0,41).

Entre as várias iniciativas do tipo que existem, a Associação Terceira Semana abriu mercados sociais em Turim e Milão, sendo este último em um imóvel confiscado da máfia.

O beneficiário enviado à loja tem direito de escolher os produtos que prefere por um valor total fixo de 20 euros (R$ 64). Para os idosos e deficientes, o local oferece ainda um serviço de entrega em domicílio de frutas e verduras gratuitas.

Em Modena, uma entidade beneficente criou o Portobello, onde as mercadorias não têm um preço em euro, mas em pontos, que são descontados de um cartão especial. Cada família tem direito a comprar no lugar por um máximo de dois anos, medida que tem como objetivo encorajar os usuários a alcançar uma situação de autonomia financeira.

Acompanhe tudo sobre:ComércioCrise econômicaPreçosVarejo

Mais de Economia

Alckmin recebe principal representante da embaixada dos EUA no Brasil um dia após início do tarifaço

Com Pix, brasileiros economizam R$ 107 bilhões em cinco anos, diz estudo

Câmara aprova MP que permite pagamento extra a servidores para reduzir fila de 2 milhões do INSS

Emprego com carteira assinada cresce 22,9% no Paraná desde 2020 — no maior ritmo do país