Henrique Meirelles: ministro afirmou que o governo estimava receitas extras de cerca de 17 bilhões de reais com devolução à União de hidrelétricas e com precatórios (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 28 de março de 2017 às 14h55.
Última atualização em 28 de março de 2017 às 14h56.
Brasília - O plano do governo voltou a ser de anunciar o contingenciamento no Orçamento, bem como prováveis aumentos de impostos, ainda nesta terça-feira, como originalmente indicado pelo ministrado da Fazenda, Henrique Meirelles, informou uma fonte com conhecimento direto do assunto.
O próprio ministro havia admitido a possibilidade de a divulgação ficar para o dia seguinte em meio a cálculos que ainda estavam sendo feitos sobre o tamanho do corte de gastos que será necessário para a cobertura do rombo adicional de 58,2 bilhões de reais que ameaça a meta fiscal deste ano.
Diante da resistência da ala política, inclusive do presidente Michel Temer, em relação ao aumento de impostos para ajudar nessa tarefa, a equipe econômica ainda se debruçava sobre os números.
Na véspera, Meirelles afirmou que o governo estimava receitas extras de cerca de 17 bilhões de reais com devolução à União de hidrelétricas e com precatórios, o que diminui o buraco que ainda precisa ser coberto.
Às 16h30, Meirelles se reúne com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, para tratar do tema.
A meta de déficit primário deste ano é de 139 bilhões de reais para o governo central (governo federal, INSS e Banco Central). O governo tem até o dia 30 para publicar decreto especificando as despesas discricionárias que precisará cortar para compri-la.
Na véspera, uma fonte da equipe econômica afirmou que o plano era anunciar corte de cerca de 30 bilhões de reais no Orçamento deste ano para ajudar a fechar o rombo adicional.