Contas externas: quando o país tem déficit em conta-corrente é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2015 às 10h04.
O saldo negativo das transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, ficou em US$ 3,076 bilhões, em setembro, e acumulou US$ 49,362 bilhões, nos nove meses do ano.
No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 2,913 bilhões.
Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), o déficit ficou em US$ 3 bilhões.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 207 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), US$ 2,630 bilhões.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior.
O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.
Em setembro, o IDP chegou a US$ 6,037 bilhões, acumulando US$ 48,211 bilhões, nos nove meses do ano.
O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior chegou a US$ 276 milhões, no mês passado, e a US$ 10,403 bilhões, de janeiro a setembro.
No caso do investimento em títulos negociados no país, houve mais saída de investimentos do que entrada, com saldo negativo de US$ 3,605 bilhões, no mês. De janeiro a setembro, o saldo ficou positivo em US$ 15,114 bilhões.