Economia

Contas externas têm déficit de US$ 5 bilhões em janeiro

Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes foi menor, tendo ficado em US$ 4,817 bilhões

Real: a conta de serviços contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,419 bilhões

Real: a conta de serviços contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,419 bilhões

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 11h16.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2017 às 11h19.

As contas externas iniciaram este ano com déficit de US$ 5,085 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (17).

Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes - compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo - foi menor, tendo ficado em US$ 4,817 bilhões.

No balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou saldo negativo de US$ 5,344 bilhões, no mês passado.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,419 bilhões.

A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 174 milhões.

A balança comercial contribuiu para reduzir o déficit das contas externas, ao apresentar superávit de US$ 2,504 bilhões.

Quando o país tem déficit nas contas externas, é preciso financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

No mês passado, o IDP chegou a US$ 11,528 bilhões e foi mais do que suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes.

Em janeiro deste ano, o país também registrou entrada de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento, no total de US$ 962 milhões.

O BC registrou ainda entrada líquida de investimento em títulos negociados no país de US$ 502 milhões, no mês passado.

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