Economia

Contas do setor público têm déficit de R$ 6,6 bi em novembro, melhor resultado para mês desde 2021

Em outubro, resultado foi superavitário em R$ 36,9 bilhões

O dado de novembro deste ano é o melhor para o mês desde 2021, quando houve superávit de R$ 15,034 bilhões, segundo a série histórica do Banco Central (Leandro Fonseca/Exame)

O dado de novembro deste ano é o melhor para o mês desde 2021, quando houve superávit de R$ 15,034 bilhões, segundo a série histórica do Banco Central (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 10h52.

O setor público consolidado do Brasil registrou déficit primário (quando se desconta o pagamento dos juros da dívida) de R$ 6,620 bilhões em novembro, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta segunda-feira. Em outubro, as contas consolidadas do país haviam registrado superávit primário de R$ 36,9 bilhões.

O dado de novembro deste ano é o melhor para o mês desde 2021, quando houve superávit de R$ 15,034 bilhões, segundo a série histórica do Banco Central, iniciada em 2001. Em novembro de 2023, o resultado havia sido deficitário em R$ 37,3 bilhões.

Os dados do setor público consolidado levam em conta os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais (exceto setor financeiro e Petrobras).

O resultado de novembro refletiu o déficit de R$ 5,681 bilhões do governo federal, somado ao rombo de R$ 1,343 bilhão de estatais. Os estados e municípios tiveram superávit de R$ 405 milhões.

Em 2024, o setor público têm déficit primário acumulado de R$ 63,298 bilhões, ou 0,59% do PIB. Já em 12 meses até novembro, o rombo é de R$ 192,871 bilhões, 1,65% do PIB.

Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões para as contas do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais).

Em relação ao pagamento de juros, o gasto foi de R$ 92,459 bilhões em novembro ante R$ 43,617 bilhões no mesmo mês de 2023. Já o resultado nominal (primário + juros) foi deficitário em R$ 99,079 bilhões no mês passado, contra rombo de R$ 80,887 bilhões em novembro de 2023.

No acumulado de 2024, o gasto com juros soma R$ 854,306 bilhões, ou 7,95% do PIB, o maior valor registrado desde o início da série histórica, em 2001. Dessa forma, o déficit nominal chega a R$ 917,604 bilhões (8,54% do PIB). Ambos os números são piores do que em 2023, quando, de janeiro a novembro, o pagamento de juros havia sido de R$ 654,436 bilhões e o déficit nominal, de R$ 773,987 bilhões.

Dívida

No último mês, a dívida bruta do governo geral – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – somou R$ 9,091 trilhões, um pouco maior do que em outubro (R$ 9,031 trilhões). Em percentual do Produto Interno Bruto (PIB), porém, houve um ligeiro recuo, de 77,8% para 77,7%, devido justamente ao crescimento maior da economia no último periodo.

Já a dívida líquida do setor público, que considera também os ativos, passou de 61,5% do PIB em outubro para 61,2% do PIB em novembro, ou R$ 7,382 trilhões.

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