Economia

Conta do governo tem condições de ser aprovada, diz Adams

Ministro-chefe da Advocacia-Geral da União disse que o Palácio do Planalto tem confiança nas informações e esclarecimentos apresentados à Corte


	"Evidentemente todo debate em alguma dimensão traz questões políticas que estão presentes", disse Luis Inácio Adams
 (AGÊNCIA BRASIL)

"Evidentemente todo debate em alguma dimensão traz questões políticas que estão presentes", disse Luis Inácio Adams (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2015 às 21h44.

Brasília - Poucas horas depois de protocolar no Tribunal de Contas da União (TCU) a defesa formal da presidente Dilma Rousseff no processo que analisa as contas federais de 2014, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quarta-feira, 22, que o Palácio do Planalto "quer, busca, aposta e acredita no debate técnico" no TCU.

"O governo faz uma aposta de uma decisão que busque e aperfeiçoe a realidade administrativas, as práticas administrativas, portanto, aperfeiçoe de maneira técnica", disse Adams a jornalistas.

"Evidentemente todo debate em alguma dimensão traz questões políticas que estão presentes. O próprio tribunal tem se aprimorado como um tribunal que busca o aperfeiçoamento da administração a partir de parâmetros técnicos, que é o que queremos."

De acordo com o ministro, o Palácio do Planalto tem confiança nas informações e esclarecimentos apresentados à Corte.

"E essa confiança, evidentemente, orienta, indicam que as contas têm condições, sim, de ser aprovadas. Agora o debate da aprovação ou da rejeição é do Congresso, não é um debate do TCU. Estamos debatendo no tribunal o parecer, ou seja, quais são os apontamentos que orientaram as decisões do governo", disse Adams.

Aperfeiçoamento

Na avaliação do ministro, o TCU tem se notabilizado por preocupações de aperfeiçoamento técnico.

"Um tribunal que se paute por decisões políticas deixa de cumprir sua função e não é essa a função que o TCU tem tradicionalmente desenvolvido. O governo quer, busca, aposta, acredita no debate técnico. Nossa manifestação foi uma manifestação técnica, exaustiva, que procurou analisar cada um dos apontamentos mostrando a razoabilidade, a aderência à lei, a observância da jurisprudência tradicional, e vamos fazer esse debate", explicou o ministro.

Questionado sobre a preocupação do governo em como as contas serão avaliadas pelo Congresso Nacional, Adams disse que o debate político "se faz depois, no momento que se tornar necessário acontecer".

"O que não quer dizer que não possamos fazer esses esclarecimentos técnicos no Congresso, quando formos chamados. É um debate centrado nas discussões técnicas da regularidade, da adequação das contas, que acreditamos que estão em condições, sim, de ser aprovadas a partir dos esclarecimentos que prestamos", enfatizou o ministro.

Diálogo

O advogado geral da União afirmou que, após a entrega ao Tribunal de Contas da União (TCU) dos esclarecimentos a respeito das contas de 2014, o governo pretende estabelecer um diálogo com a área técnica e com os próprios ministros do TCU.

A ideia é mostrar a legalidade e a regularidade das decisões e das práticas do governo.

"Mas também reconhecendo nesse debate com o TCU mais uma possibilidade de avanço e aperfeiçoamento das sistemáticas da administração. Sempre defendemos isso", disse o ministro, em entrevista no Palácio do Planalto, após protocolar no TCU a defesa da presidente Dilma Rousseff.

Adams afirmou ainda que vê esse papel do TCU como um "papel de aperfeiçoamento, um papel para melhoria da administração".

Com relação à expectativa do governo sobre a data do julgamento das contas do governo pelo TCU, Adams disse que isso depende do próprio tribunal, que levará o processo à apreciação da área técnica, para produção de um novo relatório, que será submetido à apreciação do ministro-relator e dos demais membros da Corte.

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