Economia

Consumo é fraco na Alemanha apesar de emprego forte

Dados de vendas no varejo mostraram recuo de 4,7% em dezembro, resultado anual mais fraco desde maio de 2009


	Consumidor em uma loja de móveis em Taufkirchen: apesar do desemprego baixo e salários altos, o consumo privado permanece fraco
 (Michael Dalder/Reuters)

Consumidor em uma loja de móveis em Taufkirchen: apesar do desemprego baixo e salários altos, o consumo privado permanece fraco (Michael Dalder/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 10h30.

Berlim - O mercado de trabalho alemão permanece forte, mas isso não está se traduzindo em um aumento significativo no consumo privado, levantando dúvidas sobre a força da recuperação na maior economia da Europa.

Dados do Escritório Federal do Trabalho mostraram que o número de pessoas sem emprego caiu em 16 mil segundo dados ajustados sazonalmente, interrompendo uma longa série de aumentos para reduzir a taxa de desemprego a 6,8 por cento, não longe da mínima pós-reunificação.

A notícia será comemorada pelo governo de centro-direira da chanceler Angela Merkel, que passará pelo crivo das urnas em setembro, numa eleição eleição que pode ser influenciada pela situação da economia.

Mas o número positivo do mercado de trabalho foi ofuscado por outro dado mostrando que as vendas no varejo recuaram no ritmo mais rápido em mais de três de anos em dezembro. Além disso, a previsão da associação de varejo HDE de que espera queda nas vendas em termos reais em 2013 também tornou-se um baque para a expansão no emprego.

"Esses são números decepcionantes", disse Christian Schulz, do Berenberg Bank. "Os consumidores não estão abrindo suas carteiras." Os dados de vendas no varejo, conhecidos por serem voláteis, mostraram recuo de 4,7 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado anual mais fraco desde maio de 2009. Na comparação mensal, a queda foi de 1,7 por cento, a maior desde maio de 2011.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas no varejo recuassem 0,1 por cento no mês e 1,6 por cento na comparação anual.

Apesar do desemprego baixo e salários altos, o consumo privado permanece fraco.

O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 0,5 por cento no quarto trimestre de 2012, de acordo com estimativa do Escritório de Estatísticas, e o governo estima um crescimento de 0,4 por cento neste ano.

As vendas no varejo recuaram em quase todos os setores em dezembro, com alimentos, bebidas e tabaco cedendo 4,1 por cento na comparação anual em termos reais, e vestuário, calçados e têxteis registrando queda de 6,5 por cento.

O HDE informou que as vendas no varejo em novembro e dezembro recuaram 0,7 por cento na comparação com o período de Natal anterior.

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