Economia

Consumidor prioriza bens de 1ª necessidade, diz IBGE

O comportamento tem auxiliado as indústrias de alimentos e têxtil a segurar a produção de janeiro a abril


	Avenida Paulista: no mês, a indústria paulista avançou 1,7%
 (Manipulação de imagem sobre foto de Germano Lüders/EXAME.com)

Avenida Paulista: no mês, a indústria paulista avançou 1,7% (Manipulação de imagem sobre foto de Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 12h01.

Rio - De olho na inflação, os consumidores estão se voltando aos bens de consumo de primeira necessidade - os semi e não-duráveis -, o que tem auxiliado as indústrias de alimentos e têxtil a segurar a produção de janeiro a abril, sobretudo, em São Paulo.

Por causa desses dois setores produtivos, além da indústria de computadores, tablets e televisores, São Paulo recuperou, no acumulado do período, na série com ajuste sazonal, parte da perda de dezembro. O crescimento foi de 3,7%, ante queda de 6,5% no fim do ano.

"São Paulo ainda tem metade do caminho a percorrer", destacou o economista da coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rodrigo Lobo.

Ele salienta que São Paulo, tradicionalmente, puxa o resultado da média da indústria, por responder por 35% do setor. Mas, em abril, não foi isso o que ocorreu. No mês, a indústria paulista avançou 1,7%, enquanto a média nacional caiu 0,3%.

E na contramão do resultado positivo de São Paulo foram apuradas quedas em indústrias também relevantes, como a do Rio de Janeiro (-4,2%), do Rio Grande do Sul (-3%) e de Minas Gerais (-1,8%), comparado a março.

Em cada um dos casos, disse Lobo, as quedas foram explicadas por motivos específicos, porém, em todas elas, pesou a retração da indústria automobilística. No Rio de Janeiro, o resultado teve influência ainda dos segmentos metalúrgico, de minerais não-metálicos e de refino.

No Rio Grande do Sul, pesou desfavoravelmente o desempenho da metalurgia e dos fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor agrícola. E, em Minas Gerais, o segmento extrativo mineral.

"Na indústria brasileira, como um todo, o cenário neste início de ano é de recuperação, mas não o suficiente para suplantar as perdas de dezembro. Na análise regional, o que ocorre é uma recuperação não é disseminada, em sete dos 14 locais pesquisados", afirmou Lobo.

Acompanhe tudo sobre:bens-de-consumoConsumidoresIndústriaInflação

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026