Black Friday: consumidores também optaram por métodos de entregas diferentes para economizar no frete (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Tamires Vitorio
Publicado em 29 de novembro de 2019 às 18h01.
Última atualização em 30 de novembro de 2019 às 13h53.
São Paulo — Os brasileiros estão dispostos a gastar nesta Black Friday. A Linx, empresa de tecnologias para o varejo, observou um crescimento de vendas acumulado 25% maior do que o do evento do ano passado — e olha que a sexta-feira ainda nem acabou. "O que vem crescendo não é o ticket médio, que está bem semelhante ao do ano passado, é o volume de compras", explica Jean Klaumann, vice-presidente digital da companhia.
Para Klaumann, o destaque deste ano vai para as compras feitas pelo celular — no ano passado, eram 62% do total, mas neste ano já representam 74%.
Os smartphones também estão presentes na lista de produtos mais comprados até o momento e são líderes quando o assunto é pesquisa e intenção de compra. Mas ficam atrás dos eletrodomésticos e dos eletroeletrônicos em volume de vendas. "As pessoas priorizam uma compra funcional. Meu palpite pessoal para os eletrodomésticos estarem liderando é o juízo", afirma.
Outra diferença em relação à Black Friday do ano passado são os horários de pico nas vendas — em 2018, o auge foi às 9h da manhã. "À noite tivemos um grande pico de acessos. Mas hoje, às 10 horas da manhã, tivemos um pico semelhante ao da meia-noite", relata.
Neste ano, os consumidores também optaram por métodos de entregas diferentes para economizar no frete. "Tivemos um crescimento de 300% em pedidos despachados de lojas físicas mais próximas às pessoas, em vez de os produtos saírem de centros de distribuição", conta. No ano passado, esse tipo de entrega quase não era usada — hoje, representa 13,2% das compras.
Outra opção que cresceu bastante foi o "retire na loja": 30% das mercadorias vendidas online serão retiradas em uma loja física.