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Consumidores pagarão R$ 103,6 bi por ineficiências e subsídios do setor elétrico em 2025, diz estudo

Deste total, R$ 56,1 bilhões são referentes aos encargos nas contas de luz

Agência o Globo
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Publicado em 11 de setembro de 2025 às 17h33.

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Os consumidores de energia elétrica vão pagar R$ 103,6 bilhões neste ano em custos para pagar ineficiências e subsídios do setor elétrico, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia.

No total, o estudo “Índice Brasil do Custo da Energia” aponta que o mercado de energia vai movimentar R$ 395 bilhões em 2025. Segundo a análise, 26% deste valor pago na conta de luz dos brasileiros é referente aos custos adicionais causados por ineficiências do setor e subsídios.

“Isso significa que, de cada R$ 100 pagos pelo consumidor, R$ 26 não se traduzem em benefício direto, encarecendo a energia”, diz a associação.

Destes R$ 103,6 bilhões, a maioria, R$ 56,1 bilhões, são referentes a encargos e subsídios pagos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo usado para reunir todos os benefícios do setor.

De acordo com a pesquisa, o segundo maior custo são os tributos sobre ineficiências, que chegam a R$ 21,4 bilhões. Ainda existem gastos de R$ 20,4 bilhões de perdas não técnicas, os chamados “gatos”. Os custos de iluminação pública completam essa conta, totalizando R$ 5,19 bilhões.

Segundo Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, é hora de enfrentar distorções históricas do setor

— Mais de R$ 100 bilhões pagos pelos consumidores não se traduzem em benefício direto para a sociedade. É preciso rever subsídios e ineficiências que pesam na conta de luz sem gerar competitividade. Energia mais barata e segura é condição para o crescimento econômico e para a qualidade de vida no Brasil — explicou.

O presidente da associação ainda ressaltou o crescimento de subsídios para a geração de energia distribuída, que custam outros R$ 6,8 bilhões em 2025.

— Se houvesse diminuição no subsídio e nos impostos, a vantagem competitiva que o Brasil tem de ter uma matriz renovável se evidenciaria — ressalta o executivo.

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