Loja de brinquedos: consumidores paulistanos devem comprar menos no Dia da Criança e no Natal deste ano (Fernando Moraes/VEJA SÃO PAULO)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 16h18.
São Paulo – Os consumidores paulistanos devem comprar menos no Dia da Criança e no Natal deste ano, diz pesquisa divulgada hoje (2) pelo Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados. Segundo a pesquisa, o índice de consumidores que pretendem comprar nos últimos três meses deste ano – 46,8% – é o mais baixo desde 2006.
O número ficou 3,6 pontos percentuais abaixo do registrado no terceiro trimestre deste ano, quando 50,4% dos paulistanos disseram que queriam comprar um bem durável. Em comparação com os últimos três meses do ano passado, houve queda de 9,2 pontos percentuais.
Para o presidente do conselho do Provar/Fia, Claudio Felisoni de Angelo, a queda na intenção de compra deve-se a uma série de fatores combinados. “A massa real de salários, o volume de crédito no mercado, a taxa de juros, a inflação, o comprometimento da renda e a inadimplência têm afetado muito o ânimo de compra", disse ele.
Daí vem a tendência de forte desaceleração do consumo, mesmo com os incentivos de final de ano, como as datas sazonais e o pagamento do décimo terceiro salário, acrescentou.
A expectativa do Provar/Fia é que o varejo feche o ano com crescimento de 4% nas vendas, índice 3,8 pontos percentuais abaixo do registrado em 2012.
Calçados e artigos de vestuário deverão ser os mais procurados no último trimestre do ano – do total de consumidores ouvidos na pesquisa, 24% têm intenção de comprar algum desses produtos.
Em seguida, aparecem viagens e turismo (12,6% do total) e produtos da linha branca, como micro-ondas e geladeiras (8%). A intenção de compra de imóveis é a menor registrada no ano somente 2% dos entrevistados disseram que pretendem adquirir um imóvel.
O consumidor, de acordo com a pesquisa, está comprometendo cada vez mais o seu orçamento familiar com crediário (21,5%), que já desponta como o segundo maior gasto das famílias, atrás apenas das despesas com educação (22%).
A pesquisa ouviu 500 consumidores da cidade de São Paulo sobre a intenção de compra e de gasto em relação a uma série de produtos.