Economia

Consumidor espera inflação de 9,2% em 12 meses, diz FGV

De fevereiro a outubro, o indicador havia recuado 2,3 pontos percentuais

Preços: o indicador deve continuar sua trajetória de queda ao longo dos próximos meses (Tânia Rêgo/ABr)

Preços: o indicador deve continuar sua trajetória de queda ao longo dos próximos meses (Tânia Rêgo/ABr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 08h49.

Rio - A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 9,2% em novembro, informou na manhã desta quarta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado é levemente superior ao dado de outubro (9,1%).

De fevereiro a outubro, o indicador havia recuado 2,3 pontos percentuais. "Este é um resultado esperado, uma vez que após fortes quedas, a expectativa de inflação dos consumidores tende a se estabilizar. O importante é observar nesse momento a distribuição das respostas: a proporção de consumidores que acreditam que a inflação ficará abaixo de 7% nos 12 meses seguintes aumentou aproximadamente 19 pontos percentuais nos últimos seis meses. Tal resultado, aliado a uma tendência de desaceleração dos preços, faz crer que o indicador continuará sua trajetória de queda ao longo dos próximos meses", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em comunicado à imprensa.

A proporção de consumidores prevendo inflação entre 9% e 10% nos 12 meses seguintes caiu de 18,4% em outubro para 15,8% em novembro. A parcela dos que preveem que a inflação dos próximos 12 meses ficará entre a meta (4,5%) e o limite superior de tolerância (6,5%) do Banco Central aumentou de 9,4% para 11,1% no período.

No entanto, houve alta das expectativas de inflação entre as famílias na faixa de renda mais baixa (que recebem até R$ 2.100,00 mensais): de 9,6% em outubro para 10,0% em novembro, patamar próximo ao de setembro (10,2%). Nas demais faixas de renda, a expectativa de inflação dos consumidores ficou estável ou recuou.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor.

Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, porém, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

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