Economia

Consumidor adiciona portabilidade na procura por preço menor

A portabilidade telefônica reduz os gastos dos consumidores


	Mulher usando celular: no Brasil, assim como em outros países da América Latina, a portabilidade começou a utilizada nos últimos anos.
 (Getty Images)

Mulher usando celular: no Brasil, assim como em outros países da América Latina, a portabilidade começou a utilizada nos últimos anos. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 16h49.

Brasília - Trocar de operadora e manter o mesmo número de telefone, fixo ou celular, é um serviço consolidado no Brasil e os consumidores tem mais tranquilidade para tomar a decisão de mudar para a empresa de telefonia que oferecer menores preços. A análise é de consultores do setor de telecomunicação. Os números divulgados pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações confirmam o cenário de estabilidade. Em 2012, foram 4,73 milhões de transferências. Em 2011, foram 5,37 milhões.

"Os números mostram que atingimos uma estabilidade do sistema e a portabilidade vem sendo usada por pessoas que têm necessidade de manter o número quando trocam de operadora. O serviço está funcionando bem, principalmente na telefonia fixa e pós paga", afirma o presidente da empresa de consultoria em telecomunicação Teleco, Eduardo Tude. Ele explica que a portabilidade reduz os gastos dos consumidores. Sem o serviço, quando se tratava de pessoa física, havia o desgaste de informar aos contatos o novo número. No caso de empresas, a troca de número significava novos gastos com publicidade.

Para evitar a atualização do número para toda a agenda telefônica, a funcionária pública Inês Araújo trocou de operadora apenas quando soube que manteria o mesmo número. Em busca dos melhores planos para a família, que soma quatro aparelhos de celular, ela passou por quatro operadoras, "Com o mesmo número é mais fácil. Se tivesse que trocar tudo, não sairia da primeira operadora, a não ser por um custo benefício muito grande", diz.


No Brasil, assim como em outros países da América Latina, a portabilidade começou a utilizada nos últimos anos. No país, as pessoas podem mudar de operadora e manter o mesmo número quantas vezes quiser, mas devem permanecer dentro da mesma área de registro (DDD). O benefício passou a valer em 1º de setembro de 2008 em locais com menos usuários de telefonia. A implementação em todo o território seguiu 14 etapas e foi finalizada em 2 de março de 2009.

Segundo a associação das empresas que cuidam dos recursos em telecomunicações, de 2008 a 2012,, foram efetivadas 18,04 milhões de migrações, sendo 11,64 milhões (65%) para telefones móveis e 6,39 milhões (35%) para fixos. As porcentagens se mantiveram praticamente constantes no quarto trimestre do ano passado, quando de 1,14 milhão de migrações. Foram 686 mil (60%) para usuários de aparelhos móveis e 457 mil (40%) para usuários de telefone fixo.

Para solicitar a portabilidade, o cliente deve procurar a prestadora para a qual deseja migrar e informar dados pessoais, o número de telefone e a prestadora atual. Caso não haja nenhuma pendência junto à outra operadora e se os dados estiverem em ordem, a nova operadora agendará a habilitação do serviço, que deve ocorrer, no máximo três dias úteis após a solicitação de mudança.

Para os usuários de celulares pré-pagos, há um cuidado de evitar registro de aparelhos roubados. Caso haja alguma divergência no cadastro, o usuário deverá resolver as pendências pessoalmente na prestadora atual e depois solicitar a portabilidade. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, o valor máximo a ser pago a cada solicitação é R$ 4.

Se o consumidor tiver algum problema junto a operadora é possível fazer queixa à agência reguladora, que tomará as providências cabíveis. A queixa deve ser feita pelo site da Anatel ou pelo telefone 1331 ou 1332 para deficientes auditivos.

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