Economia

Conselho aumenta juros de financiamentos do BNDES

Pela primeira vez em dois anos, as empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no BNDES vão pagar juros maiores, após decisão da CMN


	BNDES: CMN reajustou a Taxa de Juros de Longo Prazo para 5,5% ao ano
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BNDES: CMN reajustou a Taxa de Juros de Longo Prazo para 5,5% ao ano (.)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 19h40.

Brasília - Pela primeira vez em dois anos, as empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão pagar juros maiores.

Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reajustou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 5,5% ao ano. Desde janeiro de 2013, a taxa estava em 5% ao ano, no menor nível da história.

Originalmente, a decisão deveria ter saído ontem (18), na reunião mensal do órgão.

A definição, no entanto, tinha sido adiada por causa das definições sobre a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), conjunto de linhas especiais do BNDES que financiam a compra de máquinas e equipamentos, exportações e investimentos em inovação por empresas.

A cada três meses, o CMN fixa o nível da taxa para o trimestre seguinte.

O conselho é composto pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

O reajuste da TJLP reduz as pressões sobre o Tesouro Nacional, que gastará menos para cobrir a diferença entre a taxa subsidiada e os juros de mercado. De julho de 2009 a junho de 2012, a TJLP permaneceu em 6% ao ano. A taxa foi reduzida para 5,5% em julho de 2012 e para 5% em janeiro de 2013, como medida de estímulo à economia.

Criada em 1994, a taxa é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.

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