Economia

Conselheiro da Petrobras elogia gestão Prates e diz que debate afeta nível de risco da estatal

Nos últimos dias, Prates tem sofrido pressão de integrantes do governo, incluindo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Wagner Meier/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 5 de abril de 2024 às 17h14.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 17h28.

O advogado Francisco Petros, membro do conselho de administração da Petrobras e representante dos acionistas minoritários, avalia positivamente a gestão do presidente da estatal, Jean Paul Prates. "Prates é profissional competente, tem excelente relacionamento internacional", afirmou ele, em entrevista à Globonews.

Nos últimos dias, Prates tem sofrido uma "fritura" pública de integrantes do governo, incluindo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Para Petros, esse debate acaba respingando na governança da companhia, o que é "lamentável".

A crise vem desde a formação do governo, mas se acirrou no mês passado, com a divergência entre a distribuição ou não dos dividendos extraordinários aos acionistas.

De um lado, o presidente da estatal era a favor de distribuir 50%, do outro, os representantes do governo queriam reter os valores para uma reserva.

Por causa disso, a Petrobras perdeu R$ 55 bilhões em valor de mercado em um único dia. Petros ainda demonstrou preocupação em relação à variação do preço dos papéis que a petroleira vem tendo por causa da crise.

"A volatilidade de ações tem preocupado muito. O nível de risco da companhia instantaneamente muda", afirmou o conselheiro.

Neste mês, as ações da empresa estão em queda de 5,46%, o que praticamente zerou os ganhos da estatal neste ano para (valorização de 0,05% em 2024). No período de 12 meses, no entanto, as ações subiram 83,46%.

A crise no comando da Petrobras ganhou novos contornos nesta semana, quando o ministro Alexandre Silveira, retomou os ataques ao presidente da estatal.

Nos bastidores, fontes afirmam que Prates está por um fio. A lista de candidatos ao comando da petroleira inclui desde técnicos do setor de óleo e gás e executivos, como Magda Chambriard e Ricardo Savini, da 3R, a petistas puro-sangue, como Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

Acompanhe tudo sobre:PetrobrasJean Paul PratesBNDES

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE