Fernando Haddad: o ministro da Fazenda afirmou que o novo regime tributário do país é uma vitória e o Legislativo precisa resistir a influência negativa da "baixa política" no debate público (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 25 de março de 2025 às 09h59.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 10h05.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 25, que o Congresso Nacional terá de resistir aos lobbies para ampliar a lista de exceções que garantem alíquotas diferenciadas na reforma tributária. Segundo ele, o novo regime de tributos do país é uma vitória e o Legislativo precisa resistir à influência negativa da "baixa política" no debate público.
"Para nós, o mais importante agora é consolidar essa vitória e essa conquista. Não permitir que a baixa política contamine o debate público e coloque a perder uma reforma que ainda tem um longo percurso a cumprir. Essa transição não é simples. Vai exigir tenacidade do Congresso de resistir aos lobbies que vão surgir, daqui até 2032, para tentar ampliar, ao invés de diminuir, as excepcionalidades que fazem com que a alíquota máxima se distancie da alíquota média", disse.
Segundo Haddad, a reforma tributária acaba com o caos que vigora no país e é "infinitamente" superior ao sistema de tributos existente atualmente.
Entretanto, o ministro da Fazenda afirmou que o "defeito" da lei aprovada pelo legislativo está na quantidade de regimes com alíquotas diferenciadas.
"Se pudesse colocar um defeito nessa reforma — que diante do caos que estamos vivendo é até um pecado chamar de defeito porque ela é infinitamente superior ao que a gente vive hoje — é a gente ampliar as excepcionalidades. Isso faz com que a alíquota padrão vá se distanciando dos 21% e 22% das alíquotas médias. Do meu ponto de vista, a luta não acabou", disse.