Economia

Congresso mexicano aprova abertura do setor de petróleo

Governo pretende reforçar a estagnada produção de petróleo do país


	Plataforma de petróleo: foi aprovado por 353 votos a favor e 134 contra na Câmara dos Deputados
 (Felipe Dana/Divulgação/EXAME)

Plataforma de petróleo: foi aprovado por 353 votos a favor e 134 contra na Câmara dos Deputados (Felipe Dana/Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 10h11.

Cidade do México - O Congresso mexicano aprovou na quinta-feira uma profunda reforma energética com a qual o governo pretende reforçar a estagnada produção de petróleo do país, com investimentos milionários de empresas privadas e estrangeiras, na maior abertura do setor em sete décadas.

O projeto, que será agora enviado para assembleias locais para endosso, por conter emendas constitucionais, foi aprovado por 353 votos a favor e 134 contra na Câmara dos Deputados, depois de uma longa e acalorada sessão que iniciada na noite de quarta-feira.

O governo de Enrique Peña Nieto espera que a reforma possa ajudar a aumentar a produção de petróleo e gás e reduzir as tarifas de energia, mas a oposição diz que o petróleo e as riquezas do país estão sendo privatizados.

"A reforma energética é uma transformação fundamental que vai reforçar a segurança energética e a soberania do México", disse o presidente em sua conta no Twitter logo após a aprovação.

"Também vai aumentar a produtividade, o crescimento econômico e a criação de empregos no México", disse ele, em outra mensagem.

A reforma energética é a pedra angular de uma série de reformas estruturais com as quais Peña pretende reativar a segunda maior economia da América Latina, onde quase metade dos 117 milhões de habitantes vivem na pobreza.

A iniciativa visa atrair grandes investimentos por meio de licenças privadas, contratos de serviços, participação nos lucros e produção compartilhada para a exploração e produção de petróleo e gás, em um dos dez maiores países produtores de petróleo.

Analistas dizem que provavelmente vai levar anos até que os investimentos sejam realizados e o aumento de produção seja suficiente para o país suprir suas necessidades crescentes de petróleo e gás e reduzir importações.

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