Economia

Congelar pedágio afastará investidores, diz consultoria

O governador Gerald Alckmin (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira, o cancelamento do aumento de tarifas de pedágio de São Paulo, que poderia variar, de 6,2% a 6,5%


	Pedágios: segundo consultor, com os investidores temerosos e os impactos nas novas rodadas de concessões, o crescimento econômico do país poderá ser afetado
 (USP Imagens)

Pedágios: segundo consultor, com os investidores temerosos e os impactos nas novas rodadas de concessões, o crescimento econômico do país poderá ser afetado (USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 13h45.

São Paulo - Os cancelamentos de reajustes de tarifas públicas e de concessionárias são "medidas equivocadas" e, apesar de seguirem "o clamor legítimo das ruas", irão afastar os investidores de futuras rodadas de concessões no País, na avaliação do analista Felipe Salto, especialista em contas públicas da Tendências Consultoria Integrada.

"Essa medidas geram incertezas enormes nos próximos passos das concessões. (O economista John Maynard) Keynes já dizia que o espírito animal do investidor depende da confiança e não só das condições macroeconômicas", disse Salto.

Após reverter o aumento na tarifa do transporte público, de R$ 3,20 para R$ 3, na semana passada, o governador Gerald Alckmin (PSDB) anunciou, na manhã desta segunda-feira, 24, o cancelamento do aumento de tarifas de pedágio no Estado de São Paulo, que poderia variar, de 6,2% a 6,5%, de acordo com índice adotado nos contratos, a partir de 1º de julho.

Já o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), pressionou e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a suspensão dos reajustes de 13,44% a 14,86% nas tarifas de energia que entrariam em vigor hoje.

Ainda segundo Salto, com os investidores temerosos e os impactos nas novas rodadas de concessões, o crescimento econômico do País poderá ser afetado.

Além disso, haverá uma perda de receita das empresas e do próprio governo, que terá de compensar o cancelamento de aumentos com recursos públicos, como ocorreu no transporte coletivo."É lamentável porque as medidas criam entraves para os investimentos e ao crescimento", afirmou.

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