Bandeira da Grécia iluminada pelo sol (stock.XCHNG)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2012 às 06h45.
Atenas - O ambiente na Grécia nesta quinta-feira é de grande confusão com o resultado das negociações do novo pacote de medidas de austeridade necessário para que os parceiros europeus do país continuem financiando o país.
As negociações entre a troika, o Executivo de Antonis Samaras e os três partidos que sustentam o governo, o conservador Nova Democracia, o social-democrata Pasok e o centro-esquerdista Dimar, continuaram hoje em várias frentes.
O objetivo é superar as divisões geradas pelas medidas para uma maior flexibilidade trabalhista, exigidas pelos credores da Grécia. O governo heleno e os representantes da troika, formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), aproximaram-se ontem de fechar um acordo sobre as medidas de economia e inclusive foi feito um anúncio oficial por parte de Atenas, depois corrigido pela União Europeia (UE).
O portal informativo 'In.gr', um dos mais importantes do país, assegurou que o Executivo de Samaras estaria cogitando continuar as negociações com a troika inclusive sem o apoio de algum de seus sócios, mas isso dificultaria a aprovação parlamentar do pacote.
A mensagem do governo, segundo o jornal 'Naftemporiki', que cita fontes oficiais, é que 'não pode haver mais atrasos' na aprovação do novo programa de ajuste, após quatro meses de negociações, se o objetivo for o Eurogrupo aprovar em 12 de novembro a concessão de um novo lance de financiamento.
Mas os membros progressistas do governo, especialmente o Dimar, seguem reticentes a incluir no pacote de recortes do gasto público novas medidas de flexibilização trabalhista, já que o partido considera que elas não têm nada a ver com o ajuste fiscal.
Desta forma, não se sabe se o pacote será votado no Parlamento nem que tipo de texto a delegação grega apresentará na reunião do grupo de trabalho do Eurogrupo, que começa hoje em Bruxelas.
Mesmo assim se perceberam certos progressos nas negociações dentro da coalizão e na manhã desta quinta-feira, Zeodoros Margaritis, membro do comitê executivo do Dimar, suavizou o tom categórico com o qual seu partido tinha rejeitado a última proposta da troika. Uma dos pedidos do Dimar é que o pacote de cortes, ao lado do orçamento, sejam votados separadamente da reforma trabalhista. EFE