Economia

Confiança do empresariado continua em alta

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da CNI recuou de 67,7 pontos, em março, para 66,9 pontos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A confiança do empresariado brasileiro ligado à indústria continua elevada, apesar da ligeira queda verificada em abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com pesquisa divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da CNI recuou de 67,7 pontos, em março, para 66,9 pontos na pesquisa concluída na última segunda-feira (19), e revela a terceira retração mensal consecutiva do índice, com queda acumulada de 1,8 ponto. Mesmo assim, o Icei está oito pontos acima da média histórica.

Na avaliação de Marcelo Azevedo, economista da CNI, a queda registrada em abril "é um ajuste natural" nesse período do ano, uma vez que o otimismo, geralmente mais elevado em janeiro, tem pequenas reduções nos meses seguintes. Trata-se, segundo ele, de uma queda sazonal dentro da série histórica do Icei.

Azevedo explicou que essa sazonalidade negativa não se verificou, porém, em 2008 e em 2009. De acordo com ele, o índice de abril de 2008 foi influenciado pelas elevadas perspectivas de crescimento na época, e em abril de 2009 o Icei cresceu porque a economia brasileira começava a se recuperar da crise mundial.

A pesquisa da CNI destaca o otimismo da indústria extrativa, que está em evolução ininterrupta desde abril do 2009 e alcançou 68,2 pontos neste mês, com variação acumulada de 17,5 pontos no período. Em contrapartida, a construção civil (65,4 pontos) e a indústria de transformação (65,7 pontos) são os segmentos industriais menos otimistas, embora ainda acima da média histórica.

A confiança do empresário registrou retração superior a um ponto em 13 dos 27 setores da indústria, com quedas mais acentuadas nos setores de refino de petróleo, metalurgia básica, máquinas e materiais elétricos. O índice das expectativas para os próximos seis meses também recuou de 71 para 69,7 pontos, pois os empresários estão menos otimistas tanto no que diz respeito à economia brasileira quanto em relação à própria empresa, segundo análise técnica da pesquisa.

 

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