Economia

Confiança do empresário do comércio volta a subir em maio

Segundo a CNC, a melhora da avaliação das condições correntes chegou a 0,8%, enquanto a de expectativas para os próximos meses avançou 0,4%


	Comércio: “ainda é precipitado afirmar que há sinais de recuperação plena da confiança do comércio"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Comércio: “ainda é precipitado afirmar que há sinais de recuperação plena da confiança do comércio" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 14h27.

A melhora da avaliação dos comerciantes em relação às condições atuais e a expectativa para os próximos meses levaram o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) a voltar a subir em maio, atingindo 81,04 pontos, na série com ajuste sazonal - um aumento de 0,3% em relação ao mês passado.

A constatação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a CNC, a melhora da avaliação das condições correntes chegou a 0,8%, enquanto a de expectativas para os próximos meses avançou 0,4%.

Descontada a sazonalidade, o Índice de maio ficou em 79,2 pontos. Apesar da melhora, o índice que mede a confiança do comércio ainda está 7,2% abaixo da avaliação de maio de 2015.

Para o economista da CNC Izis Ferreira, no entanto, “ainda é precipitado afirmar que há sinais de recuperação plena da confiança do comércio, uma vez que a demanda predomina em nível historicamente baixo, sobretudo em função da deterioração do mercado de trabalho e do encarecimento do crédito”.

Segundo ela, “a própria atividade do comércio vem sofrendo perdas consecutivas”, ressaltou.

O subíndice que mede as condições correntes fechou maio com queda de 16,2%, em relação a maio do ano passado, chegando a 40,8 pontos.

"Apesar de ter um aumento de 0,8% em relação a abril, o índice se encontra bem abaixo da zona de indiferença, de 100 pontos”, lembrou a CNC.

Já na comparação mensal, a percepção do comércio varejista está mais otimista tanto em relação à economia (+7,2%) quanto em relação ao desempenho do setor (+0,4%).

No que diz respeito à própria empresa, no entanto, a avaliação apresentou retração (-1,3%). Além disso, para 93% dos varejistas, a economia piorou no fim de maio, repetindo o mesmo percentual observado em abril.

Com aumento de 0,4% na comparação mensal, o subíndice ligado às expectativas em relação aos próximos meses alcançou 122,3 pontos em maio.

Ainda assim, e apesar de 54,9% dos entrevistados acreditarem que a economia vai melhorar nos próximos meses, o subíndice caiu 0,1% em relação a maio do ano passado.

Estoques ainda cheios

Os dados da CNC indicam que 33,8% dos empresários varejistas acreditam que os estoques ainda estão acima do adequado, número, no entanto, inferior ao de abril quando 34,4% acreditavam nessa premissa, mais ainda assim o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Para 75,6% dos empresários consultados, as intenções de investimento no capital social da empresa estão menores, especialmente devido às altas taxas de juros.

Com isso, o componente que mede as condições de investimentos alcançou 74,6 pontos, caindo 0,8% na comparação com abril deste ano e 12,2% ante maio do ano passado.

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