Índice Nacional de Expectativa do Consumidor registrou queda de 3,8% na passagem de maio para junho, atingindo 98,3 pontos (Ricardo Matsukawa/VEJA)
Agência Brasil
Publicado em 5 de julho de 2018 às 10h55.
Última atualização em 5 de julho de 2018 às 10h56.
A confiança do consumidor em junho foi a pior em dois anos, informou hoje (5) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) registrou queda de 3,8% na passagem de maio para junho, atingindo 98,3 pontos. A queda de junho é a maior em dois anos, desde abril de 2016, quando o Inec ficou em 97,5 pontos. A média histórica do indicador é 107,8 pontos.
Quanto maior o índice, mais otimistas estão os consumidores. O ápice do índice ocorreu em outubro de 2010, quando alcançou 120,7 pontos.
O recuo ocorreu pela piora nas expectativas dos consumidores. Mais brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar e o emprego e a renda vão diminuir. O índice de expectativa em relação a inflação recuou 10,1% em junho em relação ao mês anterior, o indicador de expectativa de desemprego caiu 8,4% e o de índice de perspectiva em relação a própria renda está 4,4% menor. Quanto menor o dado, maior a parcela dos consumidores mais preocupada com a evolução futura dos preços, do emprego e de sua renda.
Segundo a CNI, as variáveis de condições financeiras, que comparam a situação atual com os três meses anteriores, também demonstram um cenário de pessimismo. O índice de situação financeira caiu 4,5%, enquanto o de endividamento registrou queda de 2,6%. Quanto maior a queda, pior a situação financeira e maior o número de dívidas.
O Inec é elaborado pela CNI em parceria com o Ibope. Nesta pesquisa, foram entrevistadas 2 mil pessoas em 128 municípios entre 21 e 24 de junho deste ano.