Economia

Confiança do consumidor fica estável em março, diz SPC Brasil e CNDL

Mesmo com a recuperação econômica, índice que mede a percepção do brasileiro ante a economia e as finanças pessoais mostra pessimismo

Consumo: melhora gradual na economia não se reflete de forma imediata no dia a dia do brasileiro, segundo presidente da CNDL (Germano Lüders/Exame)

Consumo: melhora gradual na economia não se reflete de forma imediata no dia a dia do brasileiro, segundo presidente da CNDL (Germano Lüders/Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de abril de 2018 às 19h38.

O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) ficou estável no mês de março ao apresentar 42,2 pontos, enquanto no mesmo mês do ano passado se encontrava em 42,3 pontos. O índice mede a percepção do brasileiro em relação à economia e suas próprias finanças. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A escala do indicador varia de zero a 100 e resultados acima de 50 pontos demonstram um predomínio da percepção de otimismo.

O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, afirma detectar sinais de melhora na economia, apesar de ressaltar que a mudança é lenta e insuficiente para recolocar o país no nível de atividade anterior à crise. "A recuperação da atividade econômica existe e está consolidada, mas o ritmo de melhora é gradual e, por enquanto, não se reflete de forma imediata no dia a dia do consumidor. Com a melhora dos níveis de renda, emprego e inadimplência, a recuperação fará com que a confiança do consumidor apresente resultados mais expressivos", afirma Costa.

O levantamento apontou que 76% dos consumidores avaliam como negativas as condições da economia, 21% como regular e 2% como positiva. Já em relação à sua própria condição financeira, pouco mais da metade dos pesquisados (51%) avalia como regular, 39% como ruim ou péssima e 9% como boa.

O custo de vida é apontado como o maior problema para os entrevistados: 50% consideram o fator como o mais pesado nas suas finanças pessoais, 17% apontam o endividamento, 16% o desemprego e 11% a queda dos rendimentos. Os preços elevados são sentidos principalmente nos postos de gasolina (87%) e nos supermercados (83%). A pesquisa entrevistou 801 consumidores.

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