Economia

Confiança do consumidor cai pelo 2º mês consecutivo, indica CNI

O recuo deveu-se ao aumento do pessimismo em relação à inflação, desemprego, renda pessoal e endividamento

Dinheiro: segundo a CNI, o Inec é importante porque antecipa tendências de consumo (Uelder Ferreira/Thinkstock)

Dinheiro: segundo a CNI, o Inec é importante porque antecipa tendências de consumo (Uelder Ferreira/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 16h01.

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) atingiu 100,3 pontos em dezembro, caindo 2,8% em relação a novembro.

A informação foi divulgada hoje (15) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o segundo mês consecutivo de queda do indicador.

Segundo a CNI, o Inec é importante porque antecipa tendências de consumo. A confederação destaca que consumidores confiantes, com perspectivas positivas em relação ao emprego e à situação financeira, tendem a comprar mais, o que aquece a atividade econômica.

O recuo deveu-se ao aumento do pessimismo em relação à inflação, desemprego, renda pessoal e endividamento. No caso do desemprego, o índice caiu de 115,3 pontos em novembro para 106,3 em dezembro, o que indica uma piora de 7,8% nas expectativas.

Por sua vez, a expectativa sobre a inflação piorou 6,1% no período, passando de 109,1 pontos a 102,4 pontos. Já a expectativa de renda pessoal passou de 95 pontos no mês passado para 91,7 pontos este mês, caindo 3,5%.

Os consumidores também estão mais pessimistas com o endividamento. O índice que mede expectativas em relação à questão caiu 1,3%, de 97,7 para 96,4 pontos.

Os trabalhadores não planejam, ainda, fazer compras de maior valor - como automóveis, móveis e eletrodomésticos. O indicador que mede a intenção de gastar com esses itens caiu 1,7%, de 113,2 pontos em novembro para 111,3 pontos em dezembro.

A CNI divulgou também nesta quinta-feira, mais cedo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei). A confiança do setor privado caiu 3,7 pontos e atingiu 48 pontos em dezembro, novamente abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

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