Economia

Confiança do comércio tem pior resultado desde maio de 2011, diz FGV

ICOM caiu 6,8% na comparação entre a média do trimestre encerrado em dezembro com o mesmo período do ano anterior

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 08h45.

São Paulo - O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 6,8 por cento na comparação entre a média do trimestre encerrado em dezembro com o mesmo período do ano anterior. Nessa comparação, o indicador passou de 137,9 para 128,4 pontos, segundo informou a FGV nesta terça-feira.

A queda do indicador médio trimestral foi mais acentuada do que a de novembro, quando houve recuo de 4,5 por cento, e representa o pior resultado desde maio de 2011, quando começou a série de comparações interanuais em bases trimestrais. O resultado confirma o momento de desaceleração da atividade do setor, segundo a FGV.

Entre novembro e dezembro, as comparações com 2010 mostraram melhora em seis e piora em 11 dos 17 segmentos pesquisados.

O Varejo Restrito registrou queda de 5,6 por cento no índice de confiança médio do trimestre, para 135,9 pontos, ante 144,0 pontos no mesmo período do ano anterior.

No Varejo Ampliado, o declínio foi de 6,7 por cento na mesma comparação, influenciado pelo segmento de Veículos, motos, partes e peças, com diminuição de 13,9 por cento. Em Material para construção a redução foi de 4,2 por cento em dezembro, após queda de 5,7 por cento no trimestre findo em novembro.

No Atacado, o índice de confiança caiu 7 por cento em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2010.

Percepção da demanda

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) registrou nível médio 9,7 por cento inferior ao do mesmo período de 2010, a maior queda desde maio do ano passado. Em novembro, este indicador apresentava declínio de 6,5 por cento. O ISA-COM retrata a percepção do setor em relação à demanda atual.

Na média do trimestre, 26,7 por cento das empresas avaliavam a demanda como forte e 16,9 por cento, como fraca. No mesmo período de 2010, esses percentuais eram de 31,0 por cento e 9,5 por cento, respectivamente.

O Indicador Trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM), que mostra a percepção das empresas do setor em relação aos meses seguintes, caiu 4,6 por cento em dezembro na comparação com o ano anterior. Em novembro, a queda havia sido de 3 por cento.

O Indicador que mede a previsão de vendas foi o que mais contribuiu para a redução do otimismo, passando de 154,0 para 146,1 pontos nas médias trimestrais de dezembro de 2010 e 2011, respectivamente. Dentre as empresas sondadas, 56,2 por cento esperam melhora nas vendas (contra 60,7 por cento em 2010) e 10,1 por cento preveem piora (ante 6,7 por cento em 2010).

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