Economia

Confiança do comércio recua em maio após 5 meses de alta, diz FGV

Índice de Confiança do Comércio (Icom) do Brasil apresentou neste mês queda de 0,5 ponto e chegou a 88,6 pontos

Confiança no comércio: indicador pode ser ainda mais afetado pela recente instabilidade política que ronda o presidente Michel Temer (Dado Galdieri/Bloomberg)

Confiança no comércio: indicador pode ser ainda mais afetado pela recente instabilidade política que ronda o presidente Michel Temer (Dado Galdieri/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 25 de maio de 2017 às 08h38.

São Paulo - A confiança do comércio brasileiro recuou em maio, após avançar por cinco meses seguidos, por conta da piora das expectativas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) do Brasil apresentou neste mês queda de 0,5 ponto e chegou a 88,6 pontos, com queda nas expectativas mas estabilidade na avaliação sobre a situação atual.

"Mesmo após ter avançado expressivamente nos meses anteriores, a acomodação da confiança do Comércio em maio ocorre em um patamar ainda baixo em termos históricos", disse o superintendente de estatísticas públicas da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr, em nota.

Ele ressalta que o indicador pode ser ainda mais afetado pela recente instabilidade política que ronda o presidente Michel Temer.

"A coleta de dados para a pesquisa de maio já estava quase terminando quando foi deflagrada uma crise política, no dia 17, com potencial para aumentar o grau de incerteza econômica e afetar o ritmo (já lento) de recuperação do setor", conclui.

A maior influência para a leitura veio de Índice de Expectativas (IE-COM), que caiu 1 ponto em maio e foi a 94,8 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-COM) ficou estável em 82,9 pontos.

As empresas apontaram três fatores limitantes para a melhora dos negócios: demanda insuficiente, custo financeiro e acesso a crédito bancário.

Na véspera, a FGV informou que a confiança do consumidor brasileiro voltou a melhorar em maio diante do recuo da inflação e dos juros em queda, mas o indicador também poderá ser afetado pela crise política nos próximos dados.

Acompanhe tudo sobre:Confiançaeconomia-brasileiraFGV - Fundação Getúlio VargasNível de confiança

Mais de Economia

Brasil se destaca entre emergentes, mas fiscal exige atenção, diz CEO do Barclays na América Latina

Preço da gasolina nos postos cai menos que a metade do projetado com redução da Petrobras

Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bi em junho; governo reduz projeção de saldo positivo

STF ajuda a fortalecer as instituições, diz Haddad sobre IOF