Centro de São Paulo: com a reabertura do comércio depois do primeiro pico de contaminação, aglomerações foram registradas (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de março de 2021 às 09h30.
Última atualização em 25 de março de 2021 às 13h38.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 18,5 pontos na passagem de fevereiro para março, para 72,5 pontos, a quarta queda consecutiva, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com a queda, o Icom registrou o menor nível desde maio de 2020, no auge da crise causada pela covid-19 quando ficou em 67,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 6,4 pontos, na quinta queda seguida.
Segundo a FGV, em meio ao recrudescimento da pandemia, que atinge neste momento seu pior momento um ano após a chegada da covid-19 ao País, o Icom despencou por causa tanto da "queda no volume corrente de vendas, quanto pela piora das expectativas em relação aos próximos meses".
"O recrudescimento recente da pandemia de covid-19 associado à lentidão programa de imunização e à adoção de medidas de restrição à circulação, ajudam a explicar o cenário negativo na visão do setor. Os próximos meses serão desafiadores e o retorno a uma rota de recuperação dependerá da melhora efetiva dos números da pandemia", diz a nota divulgada há pouco pela FGV.
Em março, a confiança caiu em todos os seis principais segmentos do comércio e foi puxada pela piora das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) tombou 10,6 pontos, para 75,9 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) desabou 25,7 pontos para 70,2 pontos. Os dois subíndices registraram em março os menores níveis desde maio.
A coleta de dados para a edição de março da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 22 do mês, com informações de 789 empresas.