Economia

Confiança de serviços tem em novembro nível mais baixo em 3 meses

Empresas de serviços permaneceram em geral otimistas para a atividade em um ano, porém o sentimento positivo foi o mais fraco em três meses

Confiança nos serviços: entrevistados citaram que o ambiente econômico continua sendo um fator de pressão (foto/Site Exame)

Confiança nos serviços: entrevistados citaram que o ambiente econômico continua sendo um fator de pressão (foto/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 10h09.

São Paulo - As expectativas das empresas de serviços no Brasil atingiram em novembro o nível de otimismo mais baixo em três meses devido à situação econômica frágil que afeta o país, em meio a nova queda na entrada de novos negócios, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.

O índice chegou a melhorar no mês passado para 44,4 ante 43,9 em outubro, de acordo com o IHS Markit, mas permaneceu em território de contração pelo 21º mês seguido.

Em novembro o PMI Composto do Brasil chegou a subir a 45,3 sobre 44,9 em outubro, mas permaneceu em território de contração.

"Os dados do PMI Composto para o quarto trimestre indicam até agora nova contração do PIB, dando continuidade à contração da economia do Brasil", disse a economista do IHS Markit Pollyanna de Lima, em nota.

As empresas de serviços permaneceram em geral otimistas para a atividade em um ano, porém o sentimento positivo foi o mais fraco em três meses, ligeiramente abaixo da média de longo prazo.

De acordo com o IHS Markit, alguns dos entrevistados citaram que o ambiente econômico continua sendo um fator de pressão.

As empresas que preveem elevação da atividade, por outro lado, citaram a estabilidade política e expectativas de novos projetos no futuro.

O cenário enfrentando pelas empresas de serviços em novembro foi de queda no nível de novos negócios diante da fraqueza da demanda. Houve declínios nos subsetores de Transporte e Armazenamento e de "Outros" Serviços, porém crescimento em Intermediação Financeira, Hotéis e Restaurantes, Correios e Telecomunicações, e Aluguéis e Atividades de Negócios.

O volume de produção apresentou queda em cinco dos seis subsetores monitorados, sendo a exceção Hotéis e Restaurantes.

Com as necessidades de produção mais baixas e dificuldades de fluxo de caixa, o ritmo de cortes de empregos permaneceu forte, embora tenha atingido o nível mais fraco desde janeiro.

Já os preços de insumos aumentaram de forma acentuada em novembro, com destaque mais uma vez para Hotéis e Restaurantes. Apesar disso, os preços cobrados foram reduzidos pelo oitavo mês devido às pressões competitivas.

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