Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta de 2,9 pontos em setembro, a 87,9 pontos (Natalie Keyssar/The New York Times)
Reuters
Publicado em 29 de setembro de 2020 às 09h04.
Última atualização em 29 de setembro de 2020 às 09h05.
A confiança de serviços no Brasil registrou seu quinto avanço consecutivo em setembro, mas a acomodação do ritmo de demanda e expectativas incertas em relação aos próximos meses mantiveram uma tendência de desaceleração nos ganhos do setor.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) disse nesta terça-feira que seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta de 2,9 pontos em setembro, a 87,9 pontos. Apesar da quinta alta consecutiva, essa leitura evidencia um movimento de desaceleração a partir de julho, depois que o indicador registrou salto de 11,2 pontos em junho.
"Em setembro, a confiança do setor de serviços mantém sua trajetória ascendente, mas ainda em ritmo desigual entre os segmentos, e encontra-se em patamar abaixo do período pré-pandemia", disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
"Houve acomodação nos indicadores que medem a situação atual, sugerindo que não há alteração no ritmo de demanda por serviços no mês", explicou, acrescentando que há muita incerteza em relação à sustentabilidade de uma retomada ao longo dos próximos meses, "principalmente pela cautela dos consumidores, piora do mercado de trabalho e proximidade do fim dos programas de auxílio do governo."
Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve variação positiva de 0,1 ponto, a 76,9 pontos, ainda abaixo do nível pré-pandemia, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 5,4 pontos, a 98,9 pontos, igualando-se a níveis vistos em fevereiro deste ano, antes do impacto econômico da Covid-19.