Economia

Confiança de serviços cai a mínima em 9 meses em março

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,6 pontos em março, a 77,6 pontos, o menor nível desde junho de 2020

Serviços: mercado espera que setor tenha tido crescimento de 0,4% em dezembro (Nacho Doce/Reuters)

Serviços: mercado espera que setor tenha tido crescimento de 0,4% em dezembro (Nacho Doce/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 29 de março de 2021 às 08h32.

A confiança do setor de serviços brasileiro caiu a seu menor patamar em nove meses em março, refletindo as incertezas representadas pelo recrudescimento da Covid-19 no país, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 5,6 pontos em março, a 77,6 pontos. Esse é seu menor nível desde junho de 2020, quando registrara leitura de 71,7.

"A piora da satisfação dos empresários e aumento do pessimismo em relação ao curto prazo sinalizam as dificuldades do setor diante do recrudescimento da pandemia, aumento das medidas restritivas e cautela dos consumidores", disse o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, caiu 4,2 pontos em março, para 74,4 pontos, menor nível desde julho do ano passado. Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, recuou 6,7 pontos, a 81,3 pontos, mínima desde junho.

"A distância para os níveis anteriores à pandemia segue aumentando e o cenário de elevada incerteza ainda persiste, tornando difícil vislumbrar uma recuperação nos próximos meses enquanto não houver aceleração no processo de imunização e melhora dos números da pandemia", alertou Tobler.

No domingo, o número total de óbitos provocados pela Covid-19 no Brasil ultrapassou a marca de 312 mil, mostraram dados do Ministério da Saúde, enquanto os casos confirmados da doença já superam os 12,5 milhões.

Acompanhe tudo sobre:FGV - Fundação Getúlio VargasServiços

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês