Economia

Confiança de serviços cai 32,7 pontos em 9 meses

Nos 41 meses transcorridos entre julho de 2011, ponto máximo já atingido no período pós-crise, e dezembro do ano passado, o ICS diminuiu em 33,3 pontos


	Serviços: desde dezembro do ano passado, o ICS diminuiu em 33,3 pontos
 (Christophe Simon/AFP)

Serviços: desde dezembro do ano passado, o ICS diminuiu em 33,3 pontos (Christophe Simon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 11h29.

Rio de Janeiro - Em apenas nove meses, a confiança do setor de serviços perdeu quase a mesma quantidade de pontos vista no período de julho de 2011 (pico histórico) e dezembro de 2014 - ou seja, três anos e meio. 

Para a Fundação Getulio Vargas (FGV), trata-se de uma evidência de que a deterioração da confiança de serviços em 2015 tem sido "expressiva".

Nos 41 meses transcorridos entre julho de 2011, ponto máximo já atingido no período pós-crise, e dezembro do ano passado, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) diminuiu em 33,3 pontos. Agora, de dezembro de 2014 para cá, a perda já chega a 32,7 pontos.

No mês de setembro, tanto as avaliações sobre a situação atual, medidas pelo ISA-S, quanto as perspectivas para o futuro, representaram pelo IE-S, pioraram de forma significativa.

Por isso, a FGV projeta nova queda do Produto Interno Bruto (PIB) do setor no terceiro trimestre.

"Ao fim desse período, os indicadores confirmam o aprofundamento do pessimismo nas empresas de serviços", diz o economista Silvio Sales, consultor da instituição.

O ISA-S recuou 12,7% em setembro ante agosto, enquanto o IE-S caiu 6,1% no período. Como resultado, a confiança cedeu 8,4%.

No caso do momento presente, o principal impacto veio do declínio mais acentuado do indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios (-14,1%).

Já a piora das expectativas foi determinada pela queda de 7,0% do indicador que mede o otimismo em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes.

Diante do pessimismo em relação à evolução dos negócios, as empresas continuam projetando cortes de postos de trabalho.

Entre dezembro do ano passado e setembro último, a diferença em pontos percentuais entre a proporção de empresas prevendo aumento e diminuição do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes passou de +6,3 pp para -18,8 pp.

Isso significa que mais empresários pretendem demitir do que contratar nos próximos meses.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasPIBPIB do BrasilServiços diversos

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados