Economia

Confiança de PMEs para 1º trimestre de 2013 sofre queda

O indicador IC-PMN, divulgado pelo Banco Santander e o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), reflete o retrocesso da confiança das pequenas e médias empresas


	Notas de 50 reais: para Rossi, essa confiança pode estar ligada ao fato do setor de serviços ser muito vinculado ao emprego e à renda das famílias
 (Germano Lüders/Você S/A)

Notas de 50 reais: para Rossi, essa confiança pode estar ligada ao fato do setor de serviços ser muito vinculado ao emprego e à renda das famílias (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 15h31.

São Paulo - A confiança do pequeno e médio empresário brasileiro para o primeiro trimestre do próximo ano caiu 1,8% em relação aos três meses precedentes, embora as expectativas sobre investimento e emprego sejam positivas, segundo um índice divulgado nesta quarta-feira.

O indicador IC-PMN, divulgado pelo Banco Santander e o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), reflete o retrocesso da confiança das pequenas e médias empresas para o primeiro trimestre de 2013, situada em 73,2 pontos, contra os 74,6 registrados no quarto trimestre deste ano.

Os empresários se encontram "um pouco mais pessimistas" em relação à evolução de seu negócio, disse em uma teleconferência com a imprensa José Luiz Rossi, professor de economia do Insper.

O índice, elaborado com as respostas de 1.390 empresários de todo Brasil em entrevistas realizadas entre 26 e 29 de novembro, demonstra uma queda da confiança em aspectos como faturamento e lucro, assim como no setor específico e no conjunto da economia.

No entanto, os empresários se mostraram otimistas sobre a manutenção dos postos de trabalho e a previsão de realizar investimentos.

Rossi destacou como elemento positivo a subida da confiança nos investimentos, aspecto que apresentou o maior aumento percentual (0,8%), ao passar de 71,3 no terceiro trimestre deste ano para 71,8 no primeiro de 2013.


Os empresários dos setores industrial e comercial foram mais pessimistas que os do setor de serviços. A confiança destes subiu 1,4%, ao passar dos 73,3 pontos entre outubro e dezembro de 2012 para 74,3 nos três primeiros meses do ano que vem.

Para Rossi, essa confiança pode estar ligada ao fato do setor de serviços ser muito vinculado ao emprego e à renda das famílias, parâmetros que têm boa estabilidade econômica.

Já o superintendente de pequenas e médias empresas do banco Santander no Brasil, César Fischer, disse que o comerciante costuma estar em contato direto com seu negócio e portanto tem uma percepção muito próxima das oscilações da economia.

Ele acrescentou que no setor serviços, onde são feitos contratos por períodos mais amplos, a percepção do que ocorre nas ruas demora mais a ocorrer.

Além disso, os dados revelam que até 38,8% dos empresários de pequenas e médias empresas desconhece se utilizará mais ou menos créditos e empréstimos no próximo trimestre.

Para os analistas, este dado pode significar que uma boa parte das pequenas e médias empresas carece de um planejamento financeiro adequado. 

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