Economia

Confiança das construtoras dos EUA tem maior nível em 7 anos

Confiança cresceu em junho, elevando-se acima de um marco importante pela primeira vez desde o início da crise imobiliária


	Um funcionário de construção carrega madeira em San Diego: confiança entre construtoras vem crescendo no último ano e meio, acompanhando a recuperação no setor imobiliário
 (Mike Blake/Reuters)

Um funcionário de construção carrega madeira em San Diego: confiança entre construtoras vem crescendo no último ano e meio, acompanhando a recuperação no setor imobiliário (Mike Blake/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 13h13.

Nova York - A confiança entre as construtoras dos Estados Unidos cresceu em junho, elevando-se acima de um marco importante pela primeira vez desde o início da crise imobiliária há sete anos, indicando um voto de confiança para a recuperação do setor.

Ao mesmo tempo, um outro relatório divulgado nesta segunda-feira mostrou que o crescimento de produção no Estado de Nova York se recuperou, mas a melhora foi prejudicada pela fraqueza em novas encomendas e do emprego, sugeriram que a atividade no setor permanece lento.

O indicador da Associação Nacional de Construtores/Wells Fargo subiu para 52 em junho, ante 44 em maio, superando com folga as previsões para 45. Foi a maior alta em um mês desde 2002.

Leituras acima de 50 significam mais construtores vendo condições de mercado mais favoráveis. Foi a primeira vez que o índice foi superior a essa linha divisória desde abril de 2006 e seu maior nível desde março do mesmo ano.

A confiança entre construtoras vem crescendo no último ano e meio, acompanhando a recuperação no setor imobiliário. O índice está 23 pontos maior do que junho do ano passado.

O aumento dos preços, os estoques mais apertados e as melhores vendas têm ajudado o mercado imobiliário a voltar a crescer.

As baixas taxas de hipoteca também contribuem ao atrair consumidores graças ao programa de compra de títulos do Federal Reserve, banco central norte-americano. Um recente aumento nas taxas, no entanto, tem levantado preocupações sobre dificuldades para a recuperação do setor imobiliário, apesar de hipotecas ainda permanecerem baratas para os padrões históricos.

"Parece que o otimismo dos construtores se recuperou, mesmo com as taxas de hipoteca mais elevadas, o que pesa sobre a demanda", disse o economista sênior da Wells Fargo Securities, Sam Bullard. "A demanda reprimida está lá." O otimismo das construtoras está ainda maior para os próximos meses. O indicador sobre expectativas de vendas para uma única família para os próximos seis meses acelerou para 61, ante 52.

Separadamente, o índice de condições empresariais gerais "Empire State" do Fed de Nova York subiu para 7,84 em junho, ante -1,43 em maio, superando as expectativas de zero em pesquisa da Reuters. Leitura acima de zero indica expansão.

Mas outros dados do relatório se deterioraram, incluindo indicadores de novas encomendas e do emprego, que caíram para o menor nível em cinco meses.

"O sentimento pode estar melhorando, mas a produção real não está", disse a economista sênior do Bank of America Merrill Lynch, Michelle Meyer. "Este relatório sugere que a atividade industrial está morosa." Enquanto a recuperação de habitação vem ganhando força, a atividade manufatureira abrandou devido ao aperto do cinto em Washington e à redução da demanda externa.

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