Economia

Confiança da indústria sobe a 113,1 pontos em novembro, diz FGV

Resultado colocou o indicador no maior nível desde outubro de 2010, quando esteve em 113,6 pontos

FGV: "Pelo lado das expectativas, houve ajuste, mas a maioria dos segmentos ainda apresenta otimismo" (Getty Images/Getty Images)

FGV: "Pelo lado das expectativas, houve ajuste, mas a maioria dos segmentos ainda apresenta otimismo" (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2020 às 09h31.

Última atualização em 27 de novembro de 2020 às 09h33.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) chegou a 113,1 pontos em novembro, subindo ante a pontuação de outubro (111,2), conforme informou nesta sexta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado colocou o indicador no maior nível desde outubro de 2010, quando esteve em 113,6 pontos. Dos 19 segmentos pesquisados, 12 registraram aumento da confiança e 15 estão acima do nível de fevereiro, no pré-pandemia.

"O resultado da sondagem de novembro mostra recuperação surpreendente da confiança do setor industrial, principalmente devido às avaliações muito positivas sobre o momento atual. De maneira geral, a demanda foi considerada como forte e o indicador de estoques bateu novo recorde", afirma Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).

O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 4,5 pontos e foi a 118 2 pontos, maior valor desde dezembro de 2007 (118,9 pontos), mostrando a melhora da satisfação do empresariado com a situação corrente. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) recuou 0 7 ponto e chegou a 107,9 pontos.

"Pelo lado das expectativas, houve ajuste, mas a maioria dos segmentos ainda apresenta otimismo. Apesar da queda dos indicadores de produção prevista e emprego previsto, ambos permanecem em nível elevado, sugerindo que tanto a produção como o pessoal ocupado continuariam aumentando nos próximos três meses", explica Renata.

O indicador que afere o nível de estoque das empresas chegou a 126,2 pontos, subindo 12 pontos e atingindo o maior valor da série histórica. Cresceu de 10,6% para 15,7% o total de empresas que consideram insuficientes seus estoques, enquanto as que consideram seus estoques excessivos são 8,0%, ante 9,6% no mês passado.

A perspectiva para o ambiente de negócios nos seus meses seguintes subiu, sendo o único composto do IE a variar positivamente: passou de 100,8 pontos para 104, pontos. Preveem melhora no ambiente de negócios 49,0% das empresas - eram 45,7% na pesquisa anterior -, e 8,2% acreditam em piora - ante 11,0% em outubro.

Houve relativa estabilidade no indicador de emprego previsto, que passou de 110,9 pontos para 110,3 pontos, e recuo de 4,8 pontos no indicador de produção prevista, que chegou a 108,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também ficou relativamente estável, passando de 79,8% para 79,7%. Considerando as médias móveis trimestrais, o Nuci subiu 1,4 ponto porcentual, de 77,8% para 79,2%.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaFGV - Fundação Getúlio VargasIndústria

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos