Indústria: pontuação de 99,5 é considerada próxima do valor neutro (Germano Lüders/Exame)
Agência Brasil
Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 11h03.
O índice que mede a confiança dos empresários da indústria aumentou 3,2 pontos percentuais em dezembro, avançando para 99,5 pontos. O dado foi divulgado nesta sexta (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança da Indústria chegou ao mesmo patamar de julho de 2018, encerrando o ano com alta acumulada de 3,9 pontos no quarto trimestre.
Na escala dos índices de confiança, o patamar dos 100 pontos é considerado neutro. Resultados abaixo desse valor indicam baixa confiança. Valores acima deste patamar apontam uma avaliação otimista por parte dos empresários. A confiança da indústria está mais alta que a do comércio (98,1 pontos) e a dos serviços (96,1).
Para a economista Renata Mello Franco, da FGV, a evolução da confiança da indústria em dezembro reflete "a melhora na percepção dos empresários sobre os negócios e o aumento do otimismo em relação aos próximos meses". Segundo ela, a continuidade desse movimento em 2020 dependerá da efetiva recuperação da demanda interna e da redução dos níveis de incerteza.
O índice da Situação Atual também teve alta de quatro pontos, chegando a 99,8 em dezembro. Já o Índice de Expectativas, que mede a percepção em relação ao futuro, avançou 2,4 pontos, encerrando o mês em 99,2 pontos.
A confiança dos empresários subiu em 14 dos 19 setores pesquisados pela FGV. O percentual de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa subiu de 14,8% para 17,6%, enquanto os que a avaliam como fraca caiu de 20,5% para 14,6%.
Aumentou também, de 14% para 15,4%, o percentual de empresas que projetam um aumento do pessoal ocupado, enquanto a parcela que prevê queda diminuiu de 13,8% para 13,5%.
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria teve queda de 0,2 ponto percentual em dezembro, chegando a 75,1%. Apesar disso, o nível de utilização encerra o ano acima dos 74,3% constatados em janeiro.