O Índice de Confiança do Empresário Industrial, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manteve praticamente estável em outubro - e ainda está abaixo da linha que indica percepção otimista em relação à economia do país.

O Icei de setembro ficou em 49,5 pontos, um acima do registrado em julho. A linha que separa avaliações otimistas das pessimistas é a dos 50 pontos.

O pessimismo em relação à economia do país, entretanto, não é compatível com a constatação de melhora na situação da empresa. Neste caso, o indicador aumentou de 43,2 para 46,6 pontos. A diferença de 17,7 pontos entre o indicador da economia e o indicador da empresa é a maior registrada desde o início da série em 1998. "Isto reforça o caráter macroeconômico da crise atual, o que faz com que a percepção da situação geral se mostre bastante pior que a situação de fato enfrentada pelas empresas", diz o relatório da CNI.

É importante ressaltar que o sentimento de deterioração da economia global é muito forte, com o índice em 28,9 pontos.

Quanto às expectativas para os próximos seis meses, o indicador de outubro repetiu o valor registrado em julho. O índice de 53,8 pontos reflete expectativas ligeiramente positivas, sobretudo no que diz respeito às perspectivas da própria empresa, cujo indicador situou-se em 58 pontos. Para a evolução futura da economia como um todo, as perspectivas continuam desfavoráveis, ainda que o indicador tenha registrado um leve aumento, de 44,6 para 45,5 pontos.