Economia

Confiança da indústria no Brasil tem leve recuperação em maio, diz FGV

Índice de Confiança da Indústria teve alta de 3,2 pontos em maio, para 61,4 pontos; em abril, o índice havia tocado a mínima recorde de 58,2 pontos

Indústria: Índice de Expectativas (IE) -- que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria -- teve alta de 5,3 pontos este mês, para 54,9 pontos (Getty Images/Getty Images)

Indústria: Índice de Expectativas (IE) -- que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria -- teve alta de 5,3 pontos este mês, para 54,9 pontos (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de maio de 2020 às 09h18.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 09h20.

A confiança da indústria no Brasil apresentou leve recuperação em maio, mas a alta nem de longe compensa as fortes perdas registradas entre fevereiro e abril diante das consequências da pandemia de coronavírus, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 3,2 pontos em maio, para 61,4 pontos, o segundo menor valor da série histórica. Em abril, o índice havia tocado a mínima recorde de 58,2 pontos.

Segundo a FGV, a leitura de maio representa recuperação de apenas 7,4% em relação à queda de 43,2 pontos observada entre fevereiro e abril desse ano.

"A Sondagem da Indústria de maio sinaliza acomodação da situação atual em níveis muito baixos e alguma calibragem das expectativas para os próximos meses", disse em nota Renata de Mello Franco, economista do FGV-Ibre.

"(...) Ainda é cedo para concluirmos se o pior momento da crise ficou para trás. Para os próximos meses, o elevado nível de incerteza e de pessimismo em relação ao futuro podem colocar em xeque uma recuperação mais consistente da confiança."

O Índice de Expectativas (IE) -- que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria -- teve alta de 5,3 pontos este mês, para 54,9 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, subiu apenas 1,2 ponto, para 68,6 pontos. Ambos os índices mostraram leve recuperação ante mínimas históricas.

A maior contribuição para o IE em meio veio da melhora das expectativas dos empresários sobre a produção nos próximos três meses. Já o fraco desempenho do ISA é resultado da combinação de melhores níveis de estoques, da estabilidade do grau de satisfação dos empresários com a situação atual dos negócios e de piora da avaliação sobre a demanda atual.

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