Economia

Confiança da indústria cai em fevereiro, mas segue elevada, diz CNI

Apesar de leve queda, indicador está 10 pontos acima da média histórica e é 0,3 ponto maior do que o registrado em fevereiro de 2019

Industria  (arquivo/Agência Brasil)

Industria (arquivo/Agência Brasil)

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Agência Brasil

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 11h28.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2020 às 11h47.

São Paulo — Depois de três altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 0,5 ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 64,8 pontos em fevereiro.

Mesmo assim, o indicador está 10 pontos acima da média histórica e é 0,3 ponto maior do que o registrado em fevereiro de 2019, informa a pesquisa divulgada hoje (19), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.

Nesta quarta-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) também divulgou seu índice que mostra a confiança na indústria. Ao contrário da CNI, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da fundação mostrou leve alta.

“A confiança permanece elevada. Isso significa que os empresários continuam dispostos a aumentar a produção, as contratações e os investimentos”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Segundo a CNI, a queda na confiança é resultado da redução da percepção sobre as condições atuais e das estimativas para os próximos seis meses sobre as condições da economia e das empresas.

O índice geral de condições atuais das empresas e da economia diminuiu 0,6 ponto frente a janeiro e ficou em 58,4 pontos neste mês. O índice de expectativas para os próximos seis meses recuou 0,5 ponto e ficou em 67,9 pontos.

Azevedo destaca que a queda na confiança se deve mais à mudança da percepção dos empresários com relação às condições atuais e futuras da economia brasileira do que sobre as próprias empresas.

“Enquanto os índices relacionados à empresa, seja relativo à avaliação das condições atuais, seja às expectativas, recuaram menos de meio ponto entre janeiro e fevereiro, os índices relacionados à economia brasileira registraram quedas de mais de um ponto. Cabe ressaltar, no entanto, que todos os indicadores continuam acima da linha divisória dos 50 pontos, o que mostra percepção de melhora nas condições atuais e nas expectativas, das empresas e da economia”, afirma o economista.

Pesquisa por porte e regiões

De acordo com a pesquisa, a confiança aumentou levemente nas pequenas empresas e diminuiu nas médias e nas grandes.

Em fevereiro frente a janeiro, o ICEI caiu 0,5 ponto nas indústrias de médio porte. Nas grandes, a queda foi de 0,9 ponto. Nas pequenas, o aumento foi de 0,2 ponto na comparação mensal. Mesmo com a queda mais acentuada, a confiança ainda é maior nas grandes empresas, segmento em que o ICEI foi de 65,5 pontos neste mês, acima da média nacional.

Além disso, a pesquisa mostra que a confiança aumentou 0,9 ponto e passou para 65,5 pontos entre os empresários da região Centro-Oeste. Nas demais regiões, o indicador recuou. No Sudeste, a queda foi de 0,9 ponto e o ICEI ficou em 63,7 pontos em fevereiro. No Nordeste, a retração foi de 0,7 ponto e o indicador caiu para 63,8 pontos.

Esta edição do ICEI foi feita entre 3 e 12 de fevereiro com 2.393 empresas. Dessas, 931 são pequenas, 875 são médias e 587 são de grande porte.

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