Economia

Confiança da indústria avança em julho, mas não sinaliza retomada

Segundo a FGV, a alta de 1,3 ponto no índice ainda não indica um avanço consistente no setor

Indústria: a alta devolveu apenas parte da queda registrada em junho (Jason Alden/Bloomberg)

Indústria: a alta devolveu apenas parte da queda registrada em junho (Jason Alden/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2017 às 09h20.

São Paulo - A confiança da indústria brasileira avançou em julho diante da melhora das percepções dos empresários tanto da situação atual como das expectativas para o setor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O Índice da Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,3 ponto em julho, para 90,8 pontos, devolvendo apenas parte da queda registrada em junho, quando recuou 2,8 pontos. A alta em julho ainda não indica uma avanço consistente do setor, disse a FGV.

"A alta da confiança industrial no mês (de julho) atenua a queda de junho mas é insuficiente para sinalizar uma retomada da tendência ascendente observada entre janeiro e maio deste ano", afirmou a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos, por meio de nota.

O Índice da Situação Atual (ISA) da confiança da indústria teve alta de 1,4 ponto, para 88,4 pontos, influenciado pela melhora nas condições de negócios. Segundo o levantamento, em julho, a parcela de empresas que avalia a situação como boa avançou para 12,3 por cento, de 9,4 por cento em junho.

O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,3 ponto, para 93,4 pontos, com a perspectiva de que o número de pessoal ocupado nos três meses seguintes vai aumentar. A pesquisa mostrou que 16 por cento das companhias estimam aumento no quadro de funcionários, acima dos 9,3 por cento apurados no mês passado.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada avançou 0,5 ponto percentual e foi a 74,7 por cento, recuperando a queda de 0,5 ponto percentual no mês passado.

"O grau de ociosidade retornou ao nível de maio e o setor não sinaliza aquecimento da produção nos próximos meses", disse Tabi.

A leitura final do ICI foi ligeiramente melhor do que a prévia, que apontava alta de 1,2 ponto.

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