Economia

Confiança da indústria atinge patamar mais baixo entre abril e maio

Apesar da queda no índice da Confederação Nacional da Indústria, empresários estão menos pessimistas quanto às expectativas para os próximos meses

Indústria: pandemia do coronavírus fez expectativas dos empresários despencar (Alexandre Mota/Reuters)

Indústria: pandemia do coronavírus fez expectativas dos empresários despencar (Alexandre Mota/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de maio de 2020 às 18h47.

Última atualização em 13 de maio de 2020 às 20h14.

A confiança da indústria atingiu o menor patamar da série histórica entre abril e maio deste ano. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), passou de 34,5 para 34,7 pontos entre abril e maio. Segundo a metodologia usada na pesquisa, a escala varia de zero a 100, sendo que os dados abaixo de 50 pontos são negativos.

A CNI destaca que, com esse resultado, o ICEI mostra a falta de confiança do empresário devido à forte contração da atividade e a elevada incerteza em razão da pandemia do novo coronavírus.

O indicador é composto de dois índices: o que mede a percepção do empresário com relação às condições atuais e o que avalia as expectativas.

A percepção dos empresários em relação às condições atuais das empresas e da economia manteve-se em trajetória de queda, atingindo 25,2 pontos, uma redução de 8,9 pontos em relação a abril. Desde fevereiro, esse índice acumula recuo de 33,8 pontos.

Mas, apesar disso, os empresários estão menos pessimistas quando falam das expectativas para os próximos seis meses. O índice de expectativas aumentou 4,8 pontos em maio, para 39,5 pontos. "Dado o tamanho da queda nos últimos meses e a distância para a linha divisória de 50 pontos, a alta pode ser atribuída a uma revisão das expectativas, passado o susto inicial", avalia o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 8 de maio, com 1.370 empresas.

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