Economia

Confiança da construção tem pior resultado desde fevereiro

O Índice Nacional de Custo da Construção avançou 1,88% em maio, após alta de 0,75% em abril

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 09h02.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta para 0,91 por cento em maio, ante elevação de 1,02 por cento em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. Em 12 meses, o índice acumula alta de 4,80 por cento, ante 3,86 por cento nos 12 meses até abril.

Ainda nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de maio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -que serve de referência para a meta oficial de inflação, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Pesquisa da Reuters mostrou que a inflação provavelmente esfriou em maio. De acordo com a mediana de 35 previsões coletadas pela Reuters, o IPCA deve ter subido 0,42 por cento em maio, ante 0,64 por cento em abril. As projeções variaram de 0,37 a 0,48 por cento.

Produtor

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou inflação de 0,91 por cento, após apresentar alta em abril de 1,25 por cento. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI.

Segundo a FGV, o índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 0,12 por cento em maio, ante 0,86 por cento no mês anterior. O principal responsável por esta redução foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,70 por cento para 0,09 por cento.

O índice do grupo Bens Intermediários desacelerou a alta para 1,36 por cento, ante 1,74 por cento em abril. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 2,18 por cento para 1,51 por cento.

Já em Matérias-Primas Brutas foi registrada alta de 1,20 por cento em maio, ante 1,05 por cento em abril. Os destaques foram: minério de ferro (1,35 por cento para 3,30 por cento), café em grão (-4,14 por cento para 1,38 por cento) e mandioca (-6,15 por cento para 2,49 por cento). Na ponta oposta, destacaram-se soja em grão (11,27 por cento para 7,55 por cento), bovinos (0,06 por cento para -1,13 por cento) e algodão em caroço (2,74 por cento para -0,97 por cento).

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), repetiu o resultado de abril ao registrar alta de 0,52 por cento. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.


Cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,38 por cento para 0,61 por cento), Habitação (0,42 por cento para 0,55 por cento), Vestuário (0,55 por cento para 0,93 por cento), Despesas Diversas (3,50 por cento para 3,73 por cento) e Educação, Leitura e Recreação (0,09 por cento para 0,23 por cento).

Outras três mostraram decréscimo: Transportes (0,33 por cento para -0,11 por cento), Saúde e Cuidados Pessoais (1,03 por cento para 0,70 por cento) e Comunicação (0,08 por cento para -0,13 por cento).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 1,88 por cento em maio, após alta de 0,75 por cento em abril. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.

O item Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,35 por cento, ante 0,52 por cento em abril. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 3,38 por cento em maio, acima dos 0,97 por cento em abril.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

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