Economia

Condição para abrir conta de capital da China é favorável

A menor volatilidade do mercado financeiro e o yuan próximo da estabilidade estão entre as condições favoráveis


	Sede do banco central da China: o banco pretende realizar uma abertura "gradativa" de conta de capital até 2015 e atingirá a plena liberalização em 2020
 (Yongxinge/Wikimedia Commons)

Sede do banco central da China: o banco pretende realizar uma abertura "gradativa" de conta de capital até 2015 e atingirá a plena liberalização em 2020 (Yongxinge/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 07h07.

Pequim - As condições são favoráveis para que a China acelere a abertura de sua conta de capital, permitindo que os fluxos internacionais fiquem mais livres para fazer investimentos, afirmou Sheng Songcheng , chefe do departamento central de estatísticas do Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país).

A volatilidade do mercado financeiro diminuiu e o yuan tem operado próximo da estabilidade, proporcionando uma boa oportunidade para a China abrir sua conta de capital, explicou Sheng. As declarações foram publicadas por meio de um ensaio publicado pelo Financial News.

O funcionário do PBoC afirmou que os planos de redução do programa de estímulos à economia dos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) podem provocar oscilações frescas em fluxos de capital globais. O governo chinês, porém, não permitirá que o movimento do Fed afete os planos chineses, explicou. A China mantém rígidos controles sobre os fluxos de capital.

Segundo relatos da mídia local, o banco central chinês pretende realizar uma abertura "gradativa" de conta de capital até 2015 e atingirá a plena liberalização em 2020.

Para Sheng, a redução de estímulos nos Estados Unidos não afetará a China, porque o país adotou um "processo de abertura estratégica". Ele disse que a liberalização da conta de capital pode resultar em saídas de um máximo de 2% do produto interno bruto (PIB) de capitais.

O chefe do departamento central de estatísticas do PBoC também respondeu aos críticos que disseram que a crise financeira na Ásia em 1997 foi agravada pela liberalização da conta de capitais em vários países do Sudeste Asiático. "A causa principal foi o desequilíbrio econômico graves dos países", explicou.

Segundo Sheng, uma abertura de conta de capital da China vai impulsionar o crescimento econômico dom país e seria um requisito para a China integrar plenamente a economia global. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosChinaComunismoFinanças

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte